Agenda internacional para a semana de 13 a 20 de julho de 2014

Continua o ataque de Israel em Gaza. O bombardeio aéreo e naval causou até a 2ª. feira pela manhã 166 vítimas fatais sendo que de 15 a 30 são crianças.

Flávio Aguiar
CNN

Israel e Faixa de Gaza
Continua o ataque de Israel em Gaza. O bombardeio aéreo e naval causou até a 2ª. feira pela manhã 166 vítimas fatais sendo que de 15 a 30 são crianças, de acordo com diferentes fontes, e 19 mulheres. O Hamas continua o lançamento de foguetes, tentando atingir até a capital Tel Aviv. A desproporção de forças é enorme, e Israel ameaça uma invasão terrestre a qualuer momento.


Já distribuiu pelo ar folhetos advertindo a população civil do norte da Faixa de Gaza para evacuar a região. Um comando israelense tentou desembarcar no território da Faixa e trocou tiros com militantes do Hamas. Diversas organizações vêm acusando o governo de Netanyahu de violar leis internacionais ao bombardear uma região onde a densidade de população civil é altíssima.

Ucrânia

O Exército de Kiev sofre perdas mas aperta o cerco contra os rebeldes no leste do país. Está bombardeando e se aproximando de Donetsk e Luhansk. Pode ser a batalha final contra os separatistas, que afirmam que não vão se render. Rússia e União Europeia tentam novas negociações entre todas as partes, mas sem resultado até aqui.

Cúpula dos Brics no Brasil
Começa hoje em Fortaleza a 6ª. Cúpula dos Brics que desta vez conta com participação da Argentina e deve discutir criação de Banco de Desenvolvimento Alternativo. Rússia e China já se declararam favoráveis à inclusão da Argentina. O novo banco seria uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial e, assim como o que a China quer criar na Ásia, contaria com um capital inicial de 100 bilhões de dólares. A partir de amanhã, até quarta, a cúpula se reúne em Brasília.

Grécia
Na Grécia, pequenos comerciantes protestam contra lei que autoriza a abertura de lojas aos domingos. Alegam que a medida vai favorecer apenas os grandes estabelecimentos comerciais.

Afeganistão
Continua o impasse quanto à eleição presidencial. O candidato derrotado, Abdullah Abdullah, alega fraudes e não aceita a contagem oficial. O secretário de Estado norte-americano John Kerry está no país e tenta um acordo entre as partes. O candidato apontado como vencedor, Ashraf Ghani declarou que aceita uma auditoria pela ONU.

Síria
O grupo ISIS retoma suas iniciativas em território sírio, depois de ganhar o controle sobre um terço do território iraquiano. A ofensiva do grupo se dirige agora tanto contra o governo de Damasco quanto contra os demais grupos rebeldes.

Reino Unido
O Parlamento britânico discute a partir desta semana uma nova lei de controle sobre as comunicações. Edward Snowden e grupos de defensores dos direitos humanos no país consideram que o novo projeto é uma ameaça à liberdade de expressão e às garantias civis, podendo ter sido redigido pela “National Security Agency dos Estados Unidos”, dado o seu teor. O governo garante que o novo projeto não vai ampliar seus poderes.

Líbia
Milícias armadas atacaram durante o fim de semana o aeroporto da capital, Trípoli. Os confrontos devem se agravar, opondo partidários do governo, visto como simpático à Irmandade Muçulmana, e opositores que querem granjear o apoio do Ocidente, além de outros grupos armados.

Copa do Mundo
As manchetes na mídia internacional saúdam vitória da Alemanha na Copa do Mundo. No domingo à noite as comemorações em Berlim e outras cidades entraram pela madrugada, apesar da forte chuva que caía. Na terça-feira haverá uma nova comemoração na capital, em frente ao Portão de Brandenburgo, desta vez com a presença dos jogadores. Por outro lado, no apagar das luzes da Copa consolidou-se a virada, na mídia internacional (em muitos casos, a contragosto), quanto ao Brasil e a organização do evento, apontando a ausência de grandes incidentes e a falta de importância das manifestações contrárias.

Alemanha
O governo alemão está ampliando a investigação sobre agentes duplos em seus quadros a serviço da CIA ou da National Security Agency dos Estados Unidos. Já são doze os acusados de envolvimento com o esquema, além de dois já detidos, um funcionário do Bundesnachrichtendienst, que teria recebido 25 mil euros em troca de 218 documentos repassados, e um funcionário do Ministério da Defesa. O chefe do serviço secreto da Embaixada dos Estados Unidos foi gentilmente convidado a se retirar do país.
Créditos da foto: CNN

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