Aécio admite uso “legal” do aecioporto. E se complica ainda mais nas mentiras

Autor: Fernando Brito
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Segundo o Estadão, a assessoria de Aécio Neves admite que o candidato usou o aeroporto de Cláudio “de forma legal”, invocando uma resolução da Anac que permite pouso de decolagem de helicópteros, de maneira eventual, em áreas ainda não-homologadas.
A emenda, como quase sempre, fica pior que o soneto.
A norma RBHA 91, em seu item 327, dá, de fato, essa autorização, desde que o proprietário do local (o Governo de Minas Gerais) tenha autorizado expressamente e O Serviço de Aviação Civil tenha autorizado também, previamente.

Só que não havia razão para Aécio ter usado o Aeroporto de Cláudio num vôo de helicóptero.
Porque ele tem um heliporto autorizado pela ANAC a funcionar dentro – ao lado da sede – da Fazenda da Mata, a qual ele chama de  seu “Palácio de Versalhes”
Tem até prefixo de acordo com as normais internacionais da ICAO (International Civil Aviation Organization) é o SJCTnas coordenadas 20 28 27S/44 46 58W.
Tem pista de concreto, 21 x21 metros, autorização para operar diurna e noturnanente.
Então, porque teria ido pousar de helicóptero numa área não homologada, menos de 6 km de distância?
Porque ficar se esquivando, por tantos dias e com tantos chiliques,  de admitir o uso da pista, se alega que usou porque era legal?
Ora, porque não é essa a verdade, que as informações acima desmontam.
É porque o vôo não foi de helicóptero, simples.
Não há prejuízo, exceto os de ordem moral, no uso do aeroporto por Aécio Neves.
Há prejuízo em ter construído com uma polpuda (e superfaturada) massa de  para isso um aeroporto que está fechado há quatro anos, com as chaves na mão da parentalha, sem outro uso senão o de servir a si e aos amigos, além da turma do aeromodelismo.
Talvez Aécio esteja conjundindo o termo “legal” com o sentido que nós cariocas, damos a ele.
Bacana, conveniente, agradável.
Legal, não é, Aécio?

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