A “correspondente” do New York Times, de Gaza: “Jornalismo” de inventar “contextos”
24/7/2014, [*] As’ad AbuKhalil, The Angry Arab
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
POSTADO POR CASTOR FILHO
Já vi essa rotina antes. Quando os fatos em campo falam contra Israel e sua imagem no mundo, os sionistas entram em pânico e põem-se a pressionar os principais jornais nos EUA.
Foi o que fizeram em 1982 e fazem sempre em todos os novos eventos das guerras e massacres israelenses. Acabam sempre arrancando promessas dos editores, de que publicarão mais ‘contextos’ e matérias ‘de contextualização’, para esvaziar de qualquer conteúdo algum noticiário sobre a realidade dos crimes de guerra e massacres israelenses.
Há dois dias, Anne Barnard, correspondente do NYTimes em Gaza, só publica as tais matérias ‘'de contexto'’.
Anne Barnard |
Quando noticiou sobre a realidade em Gaza, fez bom trabalho. Mas ultimamente, são só “contextos” e mais “contextos”, quer dizer: só propaganda para promover os interesses militares de Israel.
Hoje, pelo Twitter, enviei a ela as seguintes perguntas:
1. − A senhora alguma vez escreveu da Síria, sobre como os rebeldes sírios operam em escolas e locais de culto?
2. − E o fato de que os rebeldes sírios usam locais civis apareceu ALGUM DIA nos jornais e na TV dos EUA para justificar que o governo sírio atacasse locais onde se abrigam civis?
O que ela respondeu, já se sabia desde antes de ela responder:
Mas é indiscutível que os militantes operam em áreas civis em Gaza. (???)
É meeeeeeeeeeeeeeesmo, Sra. Barnard?!
E onde a senhora queria que eles operassem? Na lua?! Os combatentes do Hamás são iguais aos combatentes do Hezbollah: são as pessoas que vivem em área ocupada e que se apresentam como voluntários da resistência contra a ocupação. De onde operariam?!
Deveriam talvez reunir-se, digamos, num estádio, e convidar Israel para bombardeá-los? E onde operava a resistência francesa ou a resistência argelina? De outro planeta?!
Nesse ponto, a Sra. Barnard faz uma analogia:
Algumas das táticas do Hamás são cópias das de outros grupos insurgentes, como o IRA (Exército Republicano Irlandês) e os Contras nicaraguenses.
Engraçado! Por que será que a “correspondente” do NYTimes não incluiu em sua listinha os sempre glorificados “rebeldes” sírios?!
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[*] As'ad AbuKhalil (em árabe: أسعد أبو خليل) (nascido em 16/3/1960) libanês−americano é professor de Ciência Política formado pela California State University, Stanislaus. É o autor doHistorical Dictionary of Lebanon (1998), Bin Laden, Islam & America's New "War on Terrorism" (2002) e The Battle for Saudi Arabia (2004). Atualmente anima o blog, The Angry Arab News Service. Abukhalil nasceu em Tiro,no Líbano, e cresceu em Beirute. Recebeu seu bacharelado e mestrado em Ciência Política na American University de Beirute, e Ph.D. em Governo Comparativo na Georgetown University. Abukhalil é atualmente professor na California State Stanislaus. Foi, por curto período, professor visitante na UC Berkeley. Além disso, ele ensinou na Tufts University, Georgetown University, George Washington University,Colorado College, California State University Stanislaus, e Randolph-Macon Woman’s College. Descreve-se como “um ex-marxista-leninista” e “ateu secularista”. É pró−Palestina, descreve-se como anti-sionista que apoia um Estado Palestino secular. É defensor do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS). Critica o sionismo, a política externa dos EUA, do Irã, da Arábia Saudita e de ambos, Fatah e Hamas, nos TPO’s; e de todas as facções rivais no Líbano, incluindo o xiita Hezbollah. É altamente crítico da influência dolobby de Israel nos EUA. Em um debate televisionado que foi ao ar na TV Al-Jazeera em 23 de fevereiro de 2010 Abukhalil afirmou que o presidente dos EUA, Barack Obama, é cúmplice do lobby sionista, tanto em termos de Política Externa como de Política Interna. Abukhalil também afirmou que “Os sionistas querem nos amordaçar, de modo que não possamos fazer oposição às guerras, violência ou ódio a Israel”.
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