Vão jogar o jogo da provocação de Alckmin?

Autor: Fernando Brito
alckmetro
A pior coisa em qualquer movimento — social ou político – é o momento em que as apenas suas próprias razões tomam conta de suas atitudes e decisões.
A esta altura, eu já me julgo dispensado do dever de policiar-me em excesso, para não ferir suscetibilidades.
Outro dia li que os blogueiros progressistas, por governismo, estariam contra os metroviários.
Negativo.
Alckmin é quem está adorando.
Que é melhor para ele que jogar um movimento sindical contra a população?
A sua recusa, agora, depois de derrotado o movimento paredista da categoria de não ceder anular a demissão de um grupo de grevistas é a maior prova disso.
Detonar outra greve no dia do jogo de abertura da Copa não é apenas uma crueldade com os paulistanos.
É montar o palco para Alckmin se promover.
Se houver adesão a uma nova paralisação, o Metrô remanejará quem estiver trabalhando para a linha que serve ao Itaquerão, isso é óbvio.
Alckmin ficará sem a pecha de ter “melado” a abertura da Copa.
Mas milhões de paulistanos vão sofrer e se frustrar com os transtornos para chegar em casa, ou em bares, ou na casa de amigos, para, com todo o direito, curtirem o jogo do Brasil.
Com raiva dos metroviários, frustrados com a Copa e mal-humorados com o governo… Dilma.
Isso não é ser contra os metroviários, suas reivindicações ou sua greve.
Muito ao contrário.
Quem está vibrando com uma nova paralisação, com a ideia de uma confusão e tumultos no dia de abertura da Copa é a direita mais raivosa.
A turma do “borrachada neles”.

Comentários