São Paulo, a grande armadilha para Eduardo Campos

por Miguel do Rosário


Eduardo Campos está numa situação difícil. Sua campanha se dissolvendo a olhos vistos. Ao que parece, ele cometeu um erro crasso: acreditou na mídia tucana, que o adulou descaradamente com o objetivo de produzir uma terceira via que impedisse uma vitória de Dilma no primeiro turno.

Rede fará “de tudo” para impedir aliança do PSB com Alckmin

Partido do presidenciável Campos é aliado de Alckmin e defenderá, em reunião do diretório, a aliança com o político do PSDB. Rede, no entanto, diz que não participará de tal acordo
Dirigentes da Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, dizem que tentarão “de todas as formas” demover o PSB de São Paulo a fechar aliança com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin. O partido do presidenciável Eduardo Campos é aliado de Alckmin e defenderá, em reunião de seu diretório amanhã, a aliança com o político do PSDB. A Rede, no entanto, garante que não participará de tal acordo. “A Marina está fora. Se for fechada essa aliança, não participaremos da campanha em São Paulo”, garante o ex-deputado Walter Feldman, que integrou o PSDB. “Essa aliança é um equívoco político e eleitoral. É um erro histórico. O PSB de São Paulo ainda está fazendo a velha política, que não tem a ver com o projeto nacional da Rede”, diz Feldman, porta-voz do grupo de Marina.
Segundo Felman, a aliança, além de tudo, prejudica o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em sua campanha ao Palácio do Planalto. “A chapa na qual o PSB entrará apoia Aécio Neves. A Rede está pensando mais no Eduardo do que o seu partido”, observa o ex-tucano. Para Feldman, Eduardo ficou em uma posição difícil e também deve tentar conversar com os colegas de partido em São Paulo. O ex-deputado não esclarece o que acontecerá caso o PSB paulista não mude sua avaliação. Mas as divergências no Estado podem ter impacto na aliança nacional. “Se for confirmada, é uma coisa ruim. Há uma lógica de que pensa-se em São Paulo, primeiro, o que é melhor para o Brasil. Como foi em 1932, ao defendermos a Constituição. Agora, não se deve inverter essa lógica ao pensar o melhor para São Paulo e depois para o Brasil”, argumenta.

Comentários