Não estamos chamando capital especulativo, diz Mantega sobre novas regras do IOF

Medida reduz de 360 para 180 dias o prazo médio mínimo das captações externas que terão incidência de alíquota zero

AE
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira, 4, que o governo brasileiro não está abrindo portas para o capital especulativo com a medida que reduz de 360 para 180 dias o prazo médio mínimo das captações externas que terão incidência de alíquota zero do IOF.

"Nós não estamos chamando capital especulativo, pelo contrário. O que mais vem para o Brasil é IED (Investimento Estrangeiro Direto). O Brasil é um dos cinco países que mais atraem IED no mundo", afirmou. Mantega argumentou que 17% da dívida brasileira é bancada por investimento externo.


Questionado sobre se a medida tinha como base preocupação com a inflação, Mantega disse que o objetivo é normalizar o mercado de câmbio. "Essa medida vai facilitar a liquidez de alguns segmentos da economia, mas não tem objetivo direto em relação à inflação", disse.

Mantega afirmou, ainda, que a medida também ajuda os bancos pequenos. "Eles têm diminuído o crédito no País nos últimos anos e pode ajudar algum banco pequeno que queira ter um pouco mais de liquidez", disse, acrescentando que não houve um pedido específico desses bancos.

Perguntado ainda sobre se a medida facilita a oferta de crédito para financiamentos de bens no País, Mantega afirmou: "Eu acho que o crédito já estava facilitado quando retiramos o IOF para operações de 4 anos. Reduzimos para 3 anos, 2 anos. Eu diria que não há dificuldade para crédito, mas é sempre um adicional. Existe uma oportunidade adicional de crédito com essa medida", disse.

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