Lula: a esperança vai vencer o ódio

Autor: Fernando Brito
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Lula, que trouxe, literalmente, de fábrica uma capacidade extraordinária de perceber a reação das pessoas, qualidade que, nos últimos anos, burilou ao extremo, à medida em que suas responsabilidades o colocaram numa posição política de liderança que sublima a própria natureza humana, definiu bem o embate que se dará na fase final das eleições, que começa em um mês.
“Nós provamos que somos mais competentes que eles. O ódio deles contra nós é porque pela primeira vez na historia deste país provamos para a elite que somos mais competentes”.
“Se em 2002 fizemos campanha para esperança vencer o medo, agora vos fazer a campanha para a esperança vencer o ódio”.

Claro que a imprensa deu mais destaque ao chiste feito pelo ex-presidente ao dizer que o “tsunami” prometido por Aécio Neves seria mais bem usado para encher os reservatórios do Sistema Cantareira, ainda mais porque Dilma também tratou do “volume morto” que é a continuidade do império tucano em São Paulo.
Mas o essencial da luta política ficou cravado na frase que destaquei.
A postura adotada por Aécio – e, em escala menor, por Eduardo Campos – só encontra eco no ódio.
A existência ou não do segundo turno dependerá disso, da capacidade que cada lado – porque será, como sempre, uma eleição polarizada – de atrair a parcela confusa do eleitorado, que fixa mais a atenção no equilíbrio dos candidatos que, propriamente, no seu significado político.
Não pensem que isso acontece do acaso ou de um erro de estratégia do candidato tucano.
É que, tal como aconteceu com a UDN no período pré-64, este foi o caminho  que lhes restou, como a animais acuados.
Todo o poder que têm nos meios de comunicação são, no médio prazo, pequenos diante dos fatos.
E os fatos vão começar a se impor.

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