Inflação também despenca: não vai ter estouro de meta

Autor: Fernando Brito
pgpm
Este modesto blog, alguns dias atrás, disse a seus leitores que a inflação de junho iria chegar perto de zero.
No mesmo dia – e ainda ontem – os jornais falavam em “estouro da meta de inflação”.
Não há, neste momento, qualquer sinal neste sentido.
Ao contrário.

Os sinais são de que a inflação em junho e julho vão ficar próximo de zero e nem se pode descartar deflação num ou noutro mês.
Hoje, sem qualquer estardalhaço na imprensa, a Fundação Getúlio Vargas divulgou os dados do Índice de Preços de Mercado relativo às suas apurações entre os dias 21 e 31 do mês de maio.
E o tombo foi para espetaculares – 0,64%, uma das maiores deflações registradas nos últimos tempos.
Em três meses – desde março – a queda foi estrondosa, como você pode observar no gráfico.
E chegou com força no varejo, cujos preços registraram uma alta de 0,14%, apenas, com queda expressiva no grupo alimentação, que teve queda de 0,26%, ante alta de 0,73% no mesmo período, um mês antes.
E o varejo não vai seguir segurando preços deste grupo, porque o atacado registro queda de nada menos de 11% nos preços dos alimentosin natura.
A Miriam Leitão e os demais “analistas de economia” podem continuar se esgoelando, mas a “explosão inflacionária” deu xabu.
Isso é um fato, independente de que uma análise correta identifique até aspectos ruim da trava no crescimento econômico que esta retração de preços – e de atividade econômica – representa.
Mas fechar os olhos às evidências e continuar trabalhando no mundo da “torcida ideológica” – aquela que o PSDB quer liminar para levar aos estádios é falta de profissionalismo.
E, claro, de honestidade.

Comentários