No DCM
Entre os 32 países participantes da Copa do Mundo, o Brasil foi o que apresentou queda mais significativa dos índices de mortalidade entre crianças de até 5 anos. Preparado pela Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH), entidade que tem entre seus coordenadores a Organização Mundial de Saúde, o ranking usou como ponto de partida outra Copa, a de 1990, com sede na Itália.
No período, o Brasil reduziu em 77% as taxas de mortes de menores de 5 anos. No ano em que a Itália recebeu a Copa, a taxa brasileira era de 62 mortes por mil nascidos vivos. Atualmente, é de 14 por mil nascidos vivos. O segundo melhor desempenho é de Portugal, que apresentou uma redução de 76% nas taxas. O índice atual de mortalidade é de 4 casos por mil nascidos vivos.
Os dados gerais dos 32 países mostram que todos apresentaram uma redução nos índices de mortalidade entre menores de 5 anos, mas de forma desigual. Costa do Marfim, a última colocada no ranking, teve uma queda de 29% nas taxas, mas ainda apresenta números muito significativos. A cada mil nascimentos, 108 crianças não chegam aos 5 anos.
O ranking foi lançado ontem, quatro dias antes da realização do Fórum da PMNCH, evento que vai discutir mecanismos para melhorar condições de saúde de crianças, recém-nascidos e mulheres. “O levantamento mostra que, quando governos priorizam medidas para saúde infantil, progressos significativos podem ser alcançados”, afirmou o presidente da Associação de Pediatria da Ásia, Naveen Thacker.
“Medidas de baixo custo podem ajudar a reduzir a morte entre recém-nascidos”, garantiu Zulfiqar Bhutta, do Centro de Saúde Infantil do Canadá. Entre os exemplos citados por ele está a limpeza do cordão umbilical: a medida, garante, pode reduzir as mortes pela metade.
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