BOMBA ! COMO A FEL-LHA ENTREVISTOU O FELIPÃO !!!

É um momento sublime do PiG !


magina os fins ...


A propósito do furo de reportagem daquele notavel colonista (*) que entrevistou o sósia do FelipãooConversa Afiada publica a obra-prima do jornalismo piguento (**) !

FELIPÃO SOBRE NEYMAR: ‘SE TIVÉSSEMOS TRÊS COMO ELE, A COPA SERIA UMA TRANQUILIDADE’



Colunista conversa com técnico da seleção durante voo para São Paulo


SÃO PAULO – Neymar e Luiz Felipe Scolari foram os últimos passageiros a embarcar no avião, às 17h30 de ontem. Como o voo da ponte-aérea, do Rio para São Paulo, estava lotado, ambos se espremeram em poltronas entre passageiros, Felipão na 25E e Neymar na fileira da frente.

- Vê se dorme, moleque – 
disse o técnico ao jogador. Neymar desligou o celular, mas não dormiu, apesar de apenas um passageiro ter-lhe pedido um selfie durante o voo. Tampouco Felipão pregou o olho. Um tanto apreensivo com o céu carregado, ele respondeu de bom grado tudo que lhe foi perguntado.

- “Acho que, até agora, os melhores times foram a Holanda e a Alemanha – 
disse.

- Eles vão dar trabalho. A Itália também. Ela sempre chega às semifinais. É como o Brasil: tem tradição, empenho, torcida.


O zero a zero com o México não o abalou:

- Pode ter sido até positivo, na medida em que jogou um pouco de água fria no oba-oba, na ideia de que é fácil ganhar uma Copa.


Num campeonato de nível tão alto, ele acha imprevisível fazer prognósticos.

- Quem diria que a Espanha sairia da Copa logo de cara? 
- indagou.

O mesmo raciocínio ele aplica à seleção sob a sua responsabilidade.

- O Oscar fez uma excelente partida na estreia, mas não foi bem no segundo jogo – disse, mastigando um salgado de gosto insosso.

- O Neymar foi bem, mas não teve a genialidade da partida anterior. São coisas que acontecem. E quem esperaria que o goleiro mexicano defendesse todas? – indagou.

Felipão concordou com o raciocínio que Neymar parece mais centrado, não se joga tanto no chão ou faz demasiado teatro:

- É verdade, ele está mais objetivo. Mas pode melhorar ainda mais. Não dá para apressar muito esse processo: ele é muito moço, tem que aprender as coisas na prática.

ELOGIOS A NEYMAR

Mas não tem dúvidas:

- Se tivéssemos três como ele, a Copa seria uma tranquilidade.

O avião deu solavancos e o técnico comentou:

- Isso sim é que é um especialista, repare como o piloto conduz o avião com mão firme, fazendo mil coisas ao mesmo tempo.


O que seria mais difícil: pilotar um avião ou a seleção nacional?

- Não tem comparação, avião é muito mais difícil. O piloto lida com vidas humanas, é responsável por elas. Se a seleção perder, será muito triste para o Brasil, para os jogadores, a minha família e eu. Mas ninguém corre risco de morte.

Felipão se disse satisfeito com o ambiente geral da Copa. Não esperava que tantos mexicanos e chilenos viessem, nem que as torcidas se confraternizassem.
- Até os argentinos estão se dando bem com os brasileiros. Pelo menos até agora.


TÉCNICO APROVA AEROPORTOS


Felipão também disse que os estádios são bons e a organização dos jogos funciona.

- E te digo: tive dúvidas, mas os aeroportos onde estive até agora estão uma maravilha.

Contou que ninguém do governo o procurou, em momento algum. E ouviu com agrado o relato de meu encontro recente com um ministro, seu fã atilado.

- Pelo que ouço dizer, o governo está torcendo pela seleção, e a oposição nem tanto. Acho uma bobagem misturar futebol e política. Eu mantenho essa separação custe o que custar, não dou uma palavra sobre política.

Os xingamentos a Dilma no jogo de abertura, portanto, não lhe dizem respeito.

Perguntado se lia comentários de especialistas nos jornais, ou ouvia o que diziam na televisão, Scolari sorriu:


- Até papagaio fala.

Ao ouvir os nomes de alguns, ex-jogadores e ex-técnicos, repetiu, divertido:

- Papagaio fala!

Felipão terminou de tomar a caixinha de suco de laranja e se se explicou melhor:

- Os comentários são necessariamente frios, distantes. A experiência de jogar no Maracanã lotado, de cobrar um pênalti, de ouvir vaias, são coisas que mexem com o jogador, com o indivíduo. Não é questão de aplicar uma receita.
Para o treinador, as variáveis envolvidas numa partida são inúmeras, não é possível reduzí-las ou quantificá-las.

Deu como exemplo a seleção da Alemanha:


- Ela está na Bahia, no sol, entre mulatas lindas. Claro que isso os influencia.


Felipão riu de novo:

- Desconfio que alguns deles nem voltarão para a Alemanha.

ZAGA, O PRINCIPAL PROBLEMA

Se não acompanha os comentaristas da imprensa, ele está ciente de dificuldades táticas e de entrosamento na seleção.


- O principal problema é a zaga. Ela cai para o lado, quando deveria ir em frente, buscar o jogo lá na frente.
O que mais o irritou até agora foram os boatos, divulgados pela imprensa europeia, que o Brasil já ganhou a Copa, já que a Fifa teria orientado juízes a facilitarem a vida da seleção.
- Mais que um absurdo, é um desrespeito. Você imagina comprar a Itália, a Alemanha? Isso não existe.


O avião sobrevoava São Paulo, coberta por nuvens.

- É como descer a serra de Santos com um nevoeiro fechado, sem enxergar nada. Esse comandante sabe tudo.

Neymar e o técnico tinham participado da gravação do programa “Zorra Total”, no Projac, o estúdio da Globo em Jacarepaguá.

- Não gosto de passar muito tempo longe de São Paulo: veja que cidade interessante – apontou o treinador.

Felipão estava curioso em saber como seu filho se saíra numa prova naquele dia. Ele estuda Economia nas Faculdades São Judas Tadeu, e pegara uma recuperação.

- Mas o garoto vai bem, é estudioso.

Perguntei se toparia dar uma entrevista ao programa “Diálogos”, da GloboNews.

- Claro, vamos lá. Só que ando meio ocupado… – disse, rindo.


Pegou sua carteira, tirou um cartão de visitas e me entregou, afirmando:

- Mas isso pode te ajudar por enquanto.

O cartão de visitas dizia:


“Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”.


Depois das gargalhadas, apertou a mão e disse:

- Deus te proteja.
.


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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