AS DUAS CARAS DE AÉCIO
“Aécio é um camaleão em busca de votos”
O senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, é um camaleão em busca de votos.
Sem convicções realmente democráticas, ele apela apenas ao “marketing político”.
Nos últimos meses, foi possível flagrarmos alguns exemplos desse comportamento.
O mais escrachado foi em decorrência dos xingamentos à presidenta Dilma pelos VIPs do camarote do Itaú na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, em São Paulo.
Aécio disse: os xingamentos foram a resposta à “arrogância” da presidenta.
Maciçamente a sociedade rechaçou os xingamentos. Foram um tiro no pé da elite brasileiros e de setores reacionários da mídia brasileira.
Aécio, então, provavelmente orientado por seus marqueteiros, repentinamente voltou atrás. Afirmou que críticas não devem “ultrapassar limites do respeito”.
Esse ziguezague mostra bem os dois Aécios: o que caminha junto com a direita brasileira e internacional aquele que, ao perceber o custo político-eleitoral da estratégia, recua.
Isso ficou bem claro anteriormente quando, em encontro com empresários, Aécio disse a Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo: “estou preparado para [implementar] decisões impopulares”.
Nessa mesmo matéria, Aécio e seu guru econômico, o ex-presidente do Banco Central de FHC, Armínio Fraga, foram muito claros sobre a necessidade de implantar medidas contra a população.
Diante dos ataques de seus adversários, Aécio voltar atrás. Mas de mentira.
Em entrevista recente ao Estadão, Armínio Fraga, que é o coordenador do programa econômico de Aécio, diz que deve ser revista a política para o salário mínimo, reduzindo os seus aumentos, que provocará menor consumo e terá impactos no crescimento do PIB brasileiro.
Armínio Fraga defende também criar um teto para o gasto público e, assim, aumentar o superávit primário e cortar gastos, muito provavelmente nas áreas sociais, como fez no governo Fernando Henrique Cardoso. Além disto, pensa em diminuir o papel dos bancos públicos, reduzindo o crédito e levando o país à recessão.
O fato simbólico de Aécio ter entrado de mãos dadas com FHC na convenção tucana sinaliza bem como será o seu eventual governo: uma continuidade das políticas neoliberais que quase arruinaram o Brasil nos anos 90.
O governo FHC, para quem não se lembra, aumentou brutalmente a carga tributária, não gastou nas áreas sociais, ampliou o desemprego e quebrou três vezes o Brasil.
Portanto, muito diferente do que se vê hoje, em que mesmo enfrentando o sexto ano da maior crise internacional, o Brasil ainda se aproxima do pleno emprego e gera milhões de empregos.
Nesse sentido, que declarações de Aécio que valem?
As primeiras manifestações, claro, e não os recuos, para inglês ver.
Elas expressam com clareza a linha ideológica neoliberal e a prática política do governo FHC, que concorda em transformar a política e as eleições em partida de futebol e aprofundar o clima de ódio que vê nas redes sociais.
É terrível um candidato à presidência achar normal a agressão de baixo calão à sua adversária e sinalizar que nas eleições teremos um vale tudo.
Esta tragédia é reforçada com a nova declaração de Aécio que sinaliza para os partidos da base aliada “sugarem tudo” [de Dilma] e depois passarem a apoiá-lo.
Esta frase mostra que Aécio, sempre querendo parecer como paladino da moralidade, aprova as ações suspeitas e aceita a possível imoralidade com recursos públicos.
Ainda tem dúvida sobre a cara que vai um eventual governo Aécio?
ANTÔNIO DE SOUZA: AS DUAS CARAS DE AÉCIO, RECUOS PARA INGLÊS VER
O senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, é um camaleão em busca de votos.
Sem convicções realmente democráticas, ele apela apenas ao “marketing político”.
Nos últimos meses, foi possível flagrarmos alguns exemplos desse comportamento.
O mais escrachado foi em decorrência dos xingamentos à presidenta Dilma pelos VIPs do camarote do Itaú na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, em São Paulo.
Aécio disse: os xingamentos foram a resposta à “arrogância” da presidenta.
Maciçamente a sociedade rechaçou os xingamentos. Foram um tiro no pé da elite brasileiros e de setores reacionários da mídia brasileira.
Aécio, então, provavelmente orientado por seus marqueteiros, repentinamente voltou atrás. Afirmou que críticas não devem “ultrapassar limites do respeito”.
Esse ziguezague mostra bem os dois Aécios: o que caminha junto com a direita brasileira e internacional aquele que, ao perceber o custo político-eleitoral da estratégia, recua.
Isso ficou bem claro anteriormente quando, em encontro com empresários, Aécio disse a Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo: “estou preparado para [implementar] decisões impopulares”.
Nessa mesmo matéria, Aécio e seu guru econômico, o ex-presidente do Banco Central de FHC, Armínio Fraga, foram muito claros sobre a necessidade de implantar medidas contra a população.
Diante dos ataques de seus adversários, Aécio voltar atrás. Mas de mentira.
Em entrevista recente ao Estadão, Armínio Fraga, que é o coordenador do programa econômico de Aécio, diz que deve ser revista a política para o salário mínimo, reduzindo os seus aumentos, que provocará menor consumo e terá impactos no crescimento do PIB brasileiro.
Armínio Fraga defende também criar um teto para o gasto público e, assim, aumentar o superávit primário e cortar gastos, muito provavelmente nas áreas sociais, como fez no governo Fernando Henrique Cardoso. Além disto, pensa em diminuir o papel dos bancos públicos, reduzindo o crédito e levando o país à recessão.
O fato simbólico de Aécio ter entrado de mãos dadas com FHC na convenção tucana sinaliza bem como será o seu eventual governo: uma continuidade das políticas neoliberais que quase arruinaram o Brasil nos anos 90.
O governo FHC, para quem não se lembra, aumentou brutalmente a carga tributária, não gastou nas áreas sociais, ampliou o desemprego e quebrou três vezes o Brasil.
Portanto, muito diferente do que se vê hoje, em que mesmo enfrentando o sexto ano da maior crise internacional, o Brasil ainda se aproxima do pleno emprego e gera milhões de empregos.
Nesse sentido, que declarações de Aécio que valem?
As primeiras manifestações, claro, e não os recuos, para inglês ver.
Elas expressam com clareza a linha ideológica neoliberal e a prática política do governo FHC, que concorda em transformar a política e as eleições em partida de futebol e aprofundar o clima de ódio que vê nas redes sociais.
É terrível um candidato à presidência achar normal a agressão de baixo calão à sua adversária e sinalizar que nas eleições teremos um vale tudo.
Esta tragédia é reforçada com a nova declaração de Aécio que sinaliza para os partidos da base aliada “sugarem tudo” [de Dilma] e depois passarem a apoiá-lo.
Esta frase mostra que Aécio, sempre querendo parecer como paladino da moralidade, aprova as ações suspeitas e aceita a possível imoralidade com recursos públicos.
Ainda tem dúvida sobre a cara que vai um eventual governo Aécio?
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