Quebrando mitos: Bolsa-Família estreia especial sobre boatos na rede

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Para se construir um argumento, o ideal é ter acesso a fontes sólidas, consultar dados confiáveis, conhecer as estatísticas e dar espaço à opinião de especialistas no assunto. E quando se trata de políticas públicas e desenvolvimento, o cuidado deve ser redobrado para evitar a reprodução de preconceitos e o reforço de estigmas sociais enraizadas pelo senso comum.



Mas agora você pode recorrer ao Blog do Planalto para tirar as suas dúvidas e ajudar o governo federal a combater os mitos que surgem acerca das medidas que estão transformando a vida de muitos brasileiros.

 A acomodação – ou “efeito preguiça” – dos beneficiários do Bolsa Família foi o mito escolhido para abrir o especial, pois ele é um dos mais recorrentes sobre o programa que contribuiu para retirar de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza.

Você já deve ter ouvido alguém falar: “Quem recebe o Bolsa Família deixa de trabalhar”. Porém, o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o contrário: 75,4% dos beneficiários trabalham.

Desde o lançamento do programa, em 2003, mais de 1,7 milhão de brasileiros deixaram de receber o benefício por não precisar mais da ajuda do governo. Segundo pesquisa realizada pelo analista técnico Rafael Moreira, do Sebrae Nacional, o número de microempreendedores individuais (MEIs) oriundos do Bolsa Família já chegou a 350 mil.

“Diversos autores mostram que o mito da acomodação no Bolsa Família não se comprova. Pelo contrário, em muitos casos a gente vê que o empreendedorismo surge como forma de completar a renda, dando mais segurança à família para conquistar autonomia e sair do programa”, comenta Moreira. Ele ressalta ainda que, entre os MEIs do Bolsa Família, as mulheres somam 50,2%, enquanto na média nacional elas representam 45,3%.

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