Preconceito está liberado nas redes sociais?

Exibir suásticas, fazer piadas sobre judeus mortos em câmaras de gás e chamar negros de macacos poderiam ser coisas de um passado distante, morto e enterrado. Mas, tristemente, as redes sociais estão trazendo à tona manifestações diversas — e abertas — de racismo, machismo, sexismo e transfobia.
A BBC Brasil conversou com ativistas da web que se encarregam em expor esse tipo de preconceito, com pessoas que sofreram na pele esse tipo de manifestação e com os seguidores do site no Facebook, Twitter e Google+ para tentar entender o porquê de tanta gente achar perfeitamente natural reproduzir o discurso de ódio na web.

A repórter da BBC Brasil em Barcelona, Liana Aguiar, entrevistou o professor Francesc Núñez, pesquisador de sociologia das emoções da Universitat Oberta de Catalanya (UOC), sobre os motivos que levam tantos internautas a postarem sem quaisquer restrições conteúdo ofensivo ou racista.
“Quem escreve, na maioria das vezes, não tem consciência do contexto onde essa mensagem vai parar. É uma audiência invisível, inimaginável. É diferente, por exemplo, de uma conversa interpessoal, quando se vê a cara, os gestos, as reações do interlocutor. Além de sentir com mais coragem, o usuário se sente mais impune para fazer qualquer tipo de declaração.”
Um tuíte postado por um militante de direita espanhola afirma que eleitores de partido esquerdista Podemos, que obteve expressiva votação na eleição para o Parlamento Europeu, na semana passada, não poderão reclamar se ‘imigrantes os roubarem, agredirem ou violarem’.
O leitor Alberto Costa comentou, via a página da BBC Brasil no Facebook, que muitas pessoas estariam sendo influenciadas por colunistas conservadores.
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