O Saker, sobre a fala de Hassan Nasrallah, dia 25/5/2014
POSTADO POR CASTOR FILHO
28/5/2014, The Saker −The Vineyard of the Saker
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Comentário de um dos tradutores− corintiano! − da Vila Vudu: A Vila Vudu MUITO se orgulha de termos sido os primeiros tradutores de discursos do secretário-geral do Hezbollah ao português do Brasil – tudo distribuído totalmente de grátis, pela redecastorphoto.
É impressionante, porque... porque há muito, muito tempo já estava totalmente na cara, prô pessoal aqui (duas cozinheiras, um marido desempregado, o dono do botequim e a merendeira da ôtra-esquina), que essas falas de Sua Eminência Sayed Hassan Nasrallah são MUITO, MUITO, MUITO importantes, e sempre foram
Por que NENHUM JORNAL, JORNALISTA, ANALISTA e/ou “especialista” metido a sebo, no Brasil, jamais traduz essas falas absolutamente impressionantes de Nasrallah?! Por quê?!
Deve haver coisa mais antiga, mas, se alguém duvidar, já há coisas traduzidas em 2011. É nóis! Vai Timão! Vai ter Copa, claro. “Padrão FIFA” aí, prôs pica-mole. Aki, é Padrão Hezbollah. Ninguém tasca.
The Saker |
Introdução do Saker à fala de Nasrallah, dia 25/5/2014:
Os recém-chegados a esse blog talvez não saibam, mas, no passado, sempre postei os discursos traduzidos do secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por duas razões: primeira, porque tenho infinito respeito pelo homem, pessoalmente, e pelo movimento que ele comanda. Mas, também, porque entendo que ser exposto ao pensamento e à fala de Nasrallah é absolutamente necessário, obrigatório, para quem queira compreender o Oriente Médio.
Hassan Nasrallah |
Observo também que, diferente de praticamente todos os políticos que estão ou estiveram no poder no Oriente Médio ou no mundo, Hassan Nasrallah é conhecido por não mentir, não fingir e dizer sempre a verdade. Até em Israel todos sabem que, se Nasrallah disse, o que ele disse pode ser tomado como expressão da verdade. No máximo, acontece de Nasrallah não falar de determinado assunto; mas mentir, ele não mente. Não tenho, com certeza, notícia alguma, uma que seja, de circunstância em que Nasrallah tenha mentido em seus discursos públicos.
Mas hoje, no contexto da guerra no Donbass/Novorossiia, entendo que esse discurso de Nasrallah seja excepcionalmente valioso, porque o Hezbollah é, sem sombra de dúvida, o mais sofisticado movimento de resistência que há hoje no planeta, anos-luz a frente de qualquer coisa que se possa pretender pôr no segundo lugar da lista.
A cidade de onde ele falou, no discurso que distribuímos, fica, literalmente, do outro lado da fronteira de Israel, a um passo. E mesmo assim, em 33 dias de ataque massivo, furioso, com todas as melhores unidades, armas e formações do exército israelense, nem assim Israel conseguiu tomar Bint Jbeil, que o Hezbollah defendia e defendeu. Ali, o Hezbollah derrotou o exército israelense. Foi grande, grande vitória. Depois daquela guerra, a cidade passou a ser conhecida como “Nasrallahgrad”.
A nova resistência, resistência “júnior”, em Kramatorsk, Slaviansk, Krasnyi Liman, Odessa, Donetsk, Lugansk e no resto da Novorosiia tem de aprender muito do mais poderoso, mais experiente e mais vitorioso movimento de resistência que há no planeta: Slaviansk ou Kramatorsk podem e devem ser novas Bin Jbeil.
Minha esperança é que todos nós que apoiamos a resistência contra o Império Anglo-Sionista em todo o mundo, aprendamos com o Hezbollah: há o que aprender de sua tolerância exemplar e respeito por outras religiões e grupos étnicos; do respeito inigualável, que não se encontra em nenhum outro movimento de resistência no planeta, pelos direitos humanos (políticas generosas e tolerantes, aplicadas ao derrotado South Lebanon Army, SLA); e por suas impressionantes capacidades de combate.
Em tempos em que ambos, o sionismo e o wahabismo, trabalham de mãos dadas para tomar todo o Oriente Médio, o Hezbollah não apenas protege o povo do Líbano, mas, sim, tem papel crucial na guerra do ocidente contra a Síria.
Não há dúvidas de que o Hezbollah tem muito a oferecer aos que queiram ver e aprender.
The Saker
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