O Globo quer que as plataformas explodam?

Autor: Fernando Brito
gaspetrobras
Chega ao ridículo a exploração feita por O Globo sobre uma “elevação” da queima de gás associado ao petróleo nas plataformas da Petrobras.
De tempos em tempos , aliás, isso vira tema de exploração.
Ocorre que, como jé óbvio, a quantidade de gás produzida tem relação com a quantidade de petróleo extraída.

Se sai mais petróleo, sai mais gás.
Então o Globo diz que a queima de gás aumentou “15, 85″ em março. Sem dizer, é claro, que este aumento era em comparação com março de 2013.
E omitindo, também, que a produção de petróleo, na mesma comparação, tinha crescido  14, 4% .

Portanto, o obvio: sai mais petróleo, sai mais gás que, minimamente, tem de ser queimado. Não existe produção, por razões de segurança, sem a presença de uma cham-piloto no “flare” que é aquele queimador colocado na ponta de uma torre nas plataformas.
Mas de  14,4% para 15,85% não houve, mesmo assim, um pequeno aumento?
Claro, porque a entrada em funcionamento de novas plataformas representa, nos primeiros dias de operação, uma queima maior de gás, necessária para garantir a segurança no início de operações, enquanto os níveis de pressão são progressivamente elevados.
Por que? Porque senão há o risco de explodir!

Não é como aquela “gambiarra” do Alckmin no Cantareira, aquilo é petróleo e gás, inflamável e explosivo, com gente perto e o mar em volta, num equipamento de bilhões de reais.
Mais, se quiser comparar com o boletim da ANP do mês anterior vai ver que a quantidade de gás queimado foi igual à de fevereiro, praticamente, e, naquele mês, houve foi uma redução de 10% sobre o volume queimado um ano antes. Em março, a produção de gás cresceu 8%, foi recorde e, como já se explicou, o aumento da queima se deve a entrada (ou reentrada) em operação de três plataformas.
Se o jornal quisesse ser honesto publicaria outra informação que está no relatório da ANP: que o aproveitamento de gás (ou seja, o gás não-queimado e utilizado em reinjeção ou como combustível) foi de 94,8%.
A queima de gás sobre a produção total equivalente (petróleo + gás) anda hoje na faixa de 1%, quando era o triplo em 1999.
E que a Petrobras está batendo recorde sobre recorde na entrega de gás, inclusive garantindo o suprimento das geradoras termelétricas que ajudam a evitar o tão desejado (pelo Globo) apagão elétrico.
O ódio à Petrobras é tanto que vale tudo, sobretudo mau jornalismo.

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