Leitão e Sardemberg, sem ter o que dizer, ficam contra PDV na Petrobras

Autor: Fernando Brito
roncador
Não tendo mais argumentos para dizer que a Petrobras é um fracasso, a dupla Míriam Leitão-Carlos Alberto Sardemberg inovou, hoje, na CBN.
Primeiro uma introdução dizendo que “o mercado não havia gostado” dos resultados da Petrobras, porque as ações da empresa estavam caindo 1%.
Neste momento, as ações da Petrobras sobem mais de 1%.
Todas as notícias objetivas sobre o desempenho da empresa são boas.

Hoje em operação o navio-plataforma P-62, que vai produzir mais 180 mil barris diários de petróleo no módulo 4 de Roncador. No vizinho módulo 3, desde janeiro, estão sendo conectados os 11 poços de uma outra plataforma, parte deles do módulo 1, onde foi desativada uma velha plataforma, a FPSO Brasil – alugada à SBM  para substituir (junto com  P-52) a fatídica P-36, que afundou com FHC – e onde a Petrobras briga para obter autorização da ANP para ligar os poços a plataformas de outros módulos, otimizando a produção.
Roncador tem potencial para passar dos atuais 250 mil barris dia para acima de 400 mil barris diários, superando Marlim como o maior campo de petróleo do pós-sal.
Mas cá estou eu dando informação e esquecendo de falar da dupla.
É que eles caíram de pau no plano de demissão voluntária da empresa, progressivo (vai ser realizado em etapas) e exclusivo para empregados com mais de 55 anos.
Curioso é que, quando Fernando Henrique fazia as suas centenas de planos para cortar pessoal das estatais, nenhum dos argumentos que os dois usaram hoje – conhecimento acumulado do pessoal mais antigo, “favor” às companhias privadas que poderão contar com a expertise destes técnicos, etc – tinha valor.
Embora eles possam ser válidos em relação a muitos empregados da Petrobras, é uma tolice imaginar que, mesmo numa empresa de petróleo, mais do que uma pequena parcela deste pessoal tenha um nível de especialização tecnológica que o justifique.
E como a empresa anunciou que reporá 60% dos  8 mil inscritos, com ênfase na área tecnológica, além de economizar R$ 13 bilhões até 2018.
Para criticar a Petrobras estes dois rasgam até a sua bíblia neoliberal.

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