Ibope e Datafolha afirmam que não usam método do Sensus que ‘ajudou’ Aécio



Postado em 4 de maio de 2014

O instituto Sensus fez uma pesquisa eleitoral feita com metodologia que distorce resultados e beneficia o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. Em vez de entregar aos entrevistados um disco com os nomes dos candidatos à Presidência dispostos em forma circular, o instituto usou uma lista em ordem alfabética – com Aécio Neves na primeira posição.
O disco é usado justamente para evitar que os entrevistados sejam induzidos ao responder, já que, em uma lista, o nome com maior destaque – o primeiro – tende a ser mais citado.
O próprio Sensus sempre utilizou discos em seus levantamentos. O Estadão entrou em contato ontem com Ricardo Guedes, diretor do instituto, e o questionou sobre detalhes da pesquisa.
Quando o Estado perguntou sobre a adoção da lista em ordem alfabética em vez do disco, Guedes afirmou que estava em uma reunião e que não se manifestaria antes da publicação dos resultados.

Os diretores dos institutos Ibope e Datafolha, respectivamente Márcia Cavallari e Mauro Paulino, não quiseram comentar o caso específico do Sensus, mas explicaram por que seus institutos utilizam o formato do disco. “É para evitar o efeito de ordem, para que os entrevistados não optem sistematicamente pelo primeiro ou pelo último nome da lista”, disse a diretora do Ibope.
“Usamos o cartão circular porque é a forma mais neutra de se apresentar os nomes”, afirmou Paulino. “Assim, não há probabilidade maior de o entrevistado ver o nome de um candidato em primeiro lugar”, acrescentou o diretor do Datafolha.
Saiba Mais: estadão

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