Apagão segue improvável; energia das térmicas despenca de preço
Autor: Fernando Brito
Há 15 dias quinze dias, a previsão do ONS, o operador do sistema elétrico, era de terminar maio com 36% de acumulação nos reservatórios do Sudeste-Centro Oeste, 40,7% na região Nordeste, 51,2% no Sul e 93,2% no Norte.
O mês termina amanhã com resultados superiores à previsão em todas as áreas.
Respectivamente, 37,4%, 42,1, 53% e 93%.
Como a demanda de energia, no mês, caiu cerca de 4%, o resultado é que o preço da energia de curto prazo, contratada no mercado livre, onde estava havendo especulação e pressão sobre as distribuidoras e levando o sistema ao impasse tarifário, despencou.
O Megawatt-hora, que estava sendo vendido, há 15 dias, por R$ 823, caiu para preços em torno de R$ 595.
Queda de 28% e vai baixar mais.
E olha que as chuvas em maio, na áreas mais castigadas pela seca – o Sudeste e o Nordeste, não foram nada de excepcional, ao contrário.
75% do nível normal no Sudeste em maio e apenas 41% da média no Nordeste.
Mas, como o sistema é interligado, as chuvas no Norte e no Sul do país permitiram compensar o déficit naquelas regiões.
O Governador Geraldo Alckmin agora anuncia “transferência” de consumidores do sistema Cantareira para outros sistemas que não se encontram em situação desesperadora.
Na verdade, a interligação entre os sistemas, o que não era tão complexo nem difícil, tanto que está sendo feito agora, numa situação de emergência.
Onde mesmo é que não havia “planejamento e jestão”?
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