Ainda bem que o Brasil não é “padrão GM”…

Autor: Fernando Brito
gm
Lembrei do noticiário sobre a Copa quando li uma matéria, hoje, dando conta de que a GM vai fazer um “recall” de 2,4 milhões de automóveis nos Estados Unidos e de outros 240 mil no Brasil.
Já imaginaram se a organização da Copa tivesse defeitos desta monta?
E desta gravidade, uma vez que, no Brasil, há risco de vazamento de combustível perto do filtro, junto à saída do tanque.

Claro que estes, como todos os defeitos em produtos e serviços, são sérios e devem ser corrigidos.
Mas duvido que a imprensa automobilística, por eles, vá se entregar a uma campanha sistemática contra a marca.
Aqui, tudo o que diz respeito à Copa é ruim, mal-feito, questionável ou inútil.
Deve haver, nas centenas de obras aceleradas pelo evento, as que se enquadrem em uma, duas ou até nas quatro características acima.
Mas a coisa já foi ao paroxismo.
A Copa virou o principal “panfleto” da oposição ao Governo, como se todo o resto estivesse abandonado por conta dela.
Como se a Petrobrás não investisse “três Copas” por ano na produção de petróleo, ou o Governo Federal, nos quatro anos de preparação do torneio, não tivesse investido 100 vezes mais  que todo o custo (privado) dos estádios em educação e quase o dobro disso em Saúde.
Ou se a Presidente,  tivesse tirado recursos do financiamento da agricultura, que ontem recebeu créditos 30 vezes maiores que isso para a safra do ano que vem.
A reação é brutal e boçal.
Uma elite – e sua imprensa – que nunca defendeu, senão em tese e vagamente , os pobres, erigiu-se em seu porta-voz.
Cria um clima de agitação absolutamente irresponsável, estimulando greves em serviços essenciais como transporte, segurança e defesa civil.
Diante do qual o Governo deve ter serenidade e prudência.
Até porque o povão, que não é bobo, está percebendo que a histeria da mídia e de parcelas da classe média é antes desespero que “opinião pública”.
A UDN, ao contrário do que muita gente pensa, não acabou.


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