No governo Alckmin, em vez de 'Mais Médicos', é descoberto o 'Mais corrupção nos hospitais'
Alckmin e sua Secretaria de dos Direitos da Pessoa com Deficiência Linamara Rizzo Battistella. |
"Mais médicos fantasmas"
A Rede de Hospitais Lucy Montoro para reabilitação do governo de São Paulo virou novo foco de corrupção no governo Alckmin.
Auditoria feita por funcionários da Secretaria de Fazenda visitou unidades da rede e flagrou funcionários fantamas, fraudes e nepotismo.
De 64 médicos que deveriam trabalhar em cinco unidades na capital, foram encontrados 18. Na unidade do Morumbi (zona oeste), havia 7 dos 28 médicos previstos.
A carga horária de médicos contratados também é suspeita, por ser excessiva. Uma fisiatra tem jornada de 78 horas semanais, considerando seu trabalho na rede e em outros hospitais. Ela teria que trabalhar 13 horas por dia, seis dias por semana, sem considerar os deslocamentos entre os locais de trabalho.
Mais corrupção, mais fraudes e mais nepotismo
A investigação questiona ainda a falta de prestação de contas e falta de cotação de preços para contratações. Uma mesma empresa sempre é contrata para fazer obras em concorrência.
A secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência do governo Alckmin, Linamara Rizzo Battistella, uma das responsáveis pela gestão da Rede, é suspeita de nepotismo e outras irregularidades.
Na auditoria, os técnicos citam a atuação de Maysa Rizzo, irmã da secretária e apontada pelos auditores como sua interlocutora na rede.
Nas prestações de contas, foram detectados pagamentos de diárias de hotéis em seu nome, apesar de Maysa não ter cargo oficial na rede nem na secretaria.
Entre outubro e dezembro de 2012, a secretaria da Pessoa com Deficiência pôs à disposição de Maysa um dos carros de sua frota oficial, um Meriva placa ERH-1691, segundo os auditores.
Também há uma emissão de passagem aérea para Porto Alegre em seu nome, entre 28 e 29 de dezembro de 2012.
O relatório reproduz e-mails -enviados a partir do endereço "maysa.cortinas@redelucymontoro.org.br"- em que ela fala em nome da rede.
A jornais do interior, Maysa deu entrevistas se apresentando como funcionária do órgão ou assessora do gabinete da secretária -sua irmã.
A legislação impede a contratação e atuação de parentes no serviço público.
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