Coimbra, o Globope e o subdesenvolvimento




“O pobre vota em quem está na frente” é reles preconceito



Uma certa publicação (?) de nome “Infomoney “- clique aqui para ler a entrevista que o ansioso blogueiro lhe concebeu, com muito entusiasmo -, voltou nesta quinta-feira Santa, no fim do expediente, a espalhar um gigantesco “vazamento”: a Dilma tinha despencado no Globope.


E, por isso, as ações da Petrobras subiram vertiginosamente, tão alto quanto as da Editora Abril, da Folha, do Estadão e da Globo !

Uma ascensão meteórica !

A “Infomoney” desempenha em 2014 o papel que o banco Goldman Sachs desempenhou em 2002, quando criou o “lulômetro”- o risco Brasil explodia, quando o Lula subia nas pesquisas.


Agora, é o “sangramento” da Dilma pela dupla do Golpe: Globope e Datafalha.

Nesse festival de manipulação de índices – de pesquisa e de ações na Bolsa – ouviu-se a frase histórica do Príncipe da Privataria,  que teria dito, na 672a. entrevista desta semana: vamos deixar a Dilma “sangrar” nas pesquisas.

Essa versão da teoria do “sangramento” é a que levará o Farol de Alexandria à História da Sociologia Contemporânea, mais do que a Teoria de Tirar os Sapatos.


No auge do mensalão (o do PT, porque o tucano jamais será julgado), o DEM, a Arena, o PRP e o PFL, aliados congênitos dos tucanos de São Paulo, queriam partir para o impeachment do Lula.

O Farol não deixou.

Recomendou esperar o Lula “sangrar”, ficar exangue, para que ele, o Farol, voltasse ao Poder, nos braços do povo, em 2006.

Deu no que deu.

Não se elege vereador em Higienópolis.

Vamos ver como o PiG (*) e os virtuosos leitores da “Infomoney”- quem é essa Infomoney ? – operam o Globope e o Datafalha.

Segue-se primoroso texto de Marcos Coimbra, sereno e brilhante líder da Vox Populi, que, aliás, diz que nada mudou e a Dilma ganha no primeiro turno.

Disse ontem !

Portanto, de ontem para hoje, segundo a “Infomoney”- quem é essa “Infomoney” ? – verificou-se um tsunami na opinião publica nacional !

Coimbra publicou “Aprender com a História” na Carta Capital desta semana.

É antológico !




Quando se compara o Brasil com os países avançados, chega a ser patético o comportamento de nossos políticos e “formadores de opinião”. Tratar uma pesquisa (feita a distância que estamos da eleição) como algo fundamental, dar-lhe importância suficiente para definir o que fazer na política ou na economia, são sinais de subdesenvolvimento e ignorância. Nas democracias maduras, as pesquisas, de tão habituais, tornaram-se elementos quase imperceptíveis da cultura política. Aqui, ainda vão para as manchetes e causam estardalhaço.
Nosso povo é mais sábio. Ao contrário das elites, o cidadão olha as pesquisas com distância e prudência. Toda vez que se fazem levantamentos qualitativos com eleitores das classes populares, enxerga-se uma atitude de curiosidade cautelosa: sabem que existem, conhecem os resultados e os incorporam em interpretações mais amplas do que está em jogo em uma eleição. A velha e surrada suposição de que “os pobres votam em quem está na frente” é um simples preconceito..


Em tempo:
ah, essa margem de erro do Globope ! Tem a flexibilidade de bambu na ventania ! PHA

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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