Chamada de "golpista" por manifestantes, ex-deputada opositora critica Maduro no Brasil

 Agência Efe

María Corina Machado participou nesta quarta-feira de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro

 Do Opera Mundi

María Corina Machado foi convidada pelo Senado brasileiro para falar sobre a onda de protestos que atinge a Venezuela
A ex-deputada venezuelana María Corina Machado, que teve o mandato cassado no último dia 24 de março, esteve nesta quarta-feira (02/04) no Senado brasileiro e afirmou que o país passa por uma “repressão brutal”, por parte do que ela chamou de “regime sem escrúpulos”, ao se referir ao governo do presidente Nicolás Maduro. Ela foi convidada pela Comissão de Relações Exteriores da Casa para falar sobre a onda de protestos que atinge a Venezuela.  No início da sessão, ela foi vaiada e chamada de "golpista" por manifestantes.



"Quando a uma sociedade se fecham as vias institucionais e se criminalizam seus cidadãos, os povos têm duas opções: ou hesitam ou vão às ruas pacificamente lutar pela liberdade", afirmou. Machado lidera desde janeiro uma campanha opositora chamada "A Saída", a qual prega que Maduro deve deixar o cargo imediatamente.
A deputada, a mais votada nas eleições legislativas de 2010, é conhecida por ter fundado a ONG Súmate, financiada com dinheiro dos Estados Unidos. Segundo ela, o que acontece na Venezuela não é um conflito “ideológico” entre direita e esquerda, mas sim entre "a falta de respeito aos direitos humanos e às liberdades".


Os protestos, afirma, começaram por causa da situação econômica do país, pela falta de segurança e por conta da suposta “ingerência” de Cuba nas questões venezuelanas. A recente onda de violência se iniciou após um protesto estudantil opositor terminar com três mortos em Caracas, sendo ao menos um deles chavista. Até o momento, mais de 30 pessoas morreram em episódios relacionados às manifestações.
Destituição
Ela afirma que sua destituição foi ilegal e que chegou ao Brasil “mais deputada do que nunca”. Machado foi cassada  por desrespeitar a Constituição venezuelana, de acordo com decisão do TSJ (Tribunal Superior de Justiça), após aceitar convite do Panamá - com quem Caracas rompeu relações diplomáticas e comerciais em março - para ser “representante suplente” em uma reunião privada da OEA (Organização dos Estados Americanos). Ela declarou que havia sido chamada “por acaso” pelo governo de Ricardo Martinelli.
A maioria da Assembleia Nacional, entretanto, não entendeu o convite como sendo acidental e acusou a deputada de estar exercendo um cargo público no “governo hostil do Panamá”, de acordo com o presidente da Casa, Diosdado Cabello.
Os protestos, afirma, começaram por causa da situação econômica do país, pela falta de segurança e por conta da suposta “ingerência” de Cuba nas questões venezuelanas. A recente onda de violência se iniciou após um protesto estudantil opositor terminar com três mortos em Caracas, sendo ao menos um deles chavista. Até o momento, mais de 30 pessoas morreram em episódios relacionados às manifestações.
Destituição
Ela afirma que sua destituição foi ilegal e que chegou ao Brasil “mais deputada do que nunca”. Machado foi cassada  por desrespeitar a Constituição venezuelana, de acordo com decisão do TSJ (Tribunal Superior de Justiça), após aceitar convite do Panamá - com quem Caracas rompeu relações diplomáticas e comerciais em março - para ser “representante suplente” em uma reunião privada da OEA (Organização dos Estados Americanos). Ela declarou que havia sido chamada “por acaso” pelo governo de Ricardo Martinelli.
A maioria da Assembleia Nacional, entretanto, não entendeu o convite como sendo acidental e acusou a deputada de estar exercendo um cargo público no “governo hostil do Panamá”, de acordo com o presidente da Casa, Diosdado Cabello.

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