Barbosa diz que não quer ser envolvido em crime da promotora-espiã. Ao menos, diz que é crime…

Autor: Fernando Brito
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A insatisfação do Ministro Joaquim Barbosa com o espaço oferecido pela Folha para que contestasse a coluna de Janio de Freitas (onde se afirmou que era “interessante que o juiz da Vara de Execuções Penais e o ministro Joaquim Barbosa não dessem sinal algum de estranheza –sem falarmos nas providências legais necessárias– ao deparar-se com coordenadas geográficas de latitude e longitude para pedir quebra de sigilo telefônico de números, endereços e portadores de celulares não citados”) acabou por proporcionar uma situação ainda mais interessante.

Claro que Janio, sem recuar do que dissera – porque é mesmo estranhíssimo que um presidente da Corte Suprema dê curso normal ao expediente ardiloso da promotora Márcia Milhomes para violar o sigilo telefônico do Palácio do Planalto – ofereceu todas as possibilidades de que o presidente do STF manifestasse sua insatisfação.
Mas nasceu daí fato interessante.
O Dr. Joaquim mandou dizer, por sua assessoria que se sente indignado por estar sendo acusado de “participação em um ato criminoso, qual seja a quebra ilegal de sigilo telefônico”.
Embora Janio de Freitas não o acuse – apenas estranhe a sua inação – é bom saber que o Dr. Joaquim avalie que a promotora tentou cometer um crime.
Resta saber, portanto, porque a insólita atitude do Ministério Público, que não atuou diante desta preparação de ação delituosa por parte de uma de suas próprias integrantes.
Daqui a pouco vamos falar de outro acontecimento insólito envolvendo o MP, desta vez o caso do helicóptero do pó, que corre o sério risco de terminar em nada, por artes do MP…

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