A Polícia Federal vista de dentro por um de seus integrantes



Por eleitor
O Grande Pensador
Nassif,

É curioso como não se presta a mínima atenção aos fatos e acontecimentos que envolvem a POLÍCIA FEDERAL, principalmente desde a Operação Satiagraha. Por vezes já deixei aqui alguns comentários sempre descrevendo, até em detalhes, o que se passa dentro da PF.
O fato é que a PF sempre foi aparelhada, quer seja no governo FHC, quando literalmente derrubou as pretensões da Roseana Sarney sob os auspícios do Serra, quanto após a Satiagraha, quando ao investigar o banqueiro milionário, se aproximou em demasia do Palácio do Planalto e dos outros dois palácios na Praça dos Três Poderes.

Fato é que, para exercer total controle da PF, o atual governo, colocou a frente do MJ ninguém mais ninguém menos do que o Grande Pensador, Zé Cardozo, astuto advogado do brilhante banqueiro e este, incumbido pela turba petista de "controlar" a PF, resolveu, de caso pensado, rachá-la ao meio, ou seja, incitou a guerra interna dentro da PF, colocando em lado opostos os seus assim auto denominados "donos" , representados pelos senhores feudais, os delegados de polícia, e, de outro, os policiais operacionais, por "eles" denominados de "empregadinhos e serviçais".
No dizer do Mino Carta, até o reino mineral sabe que a atual diretoria da PF está a serviço do governo federal num verdadeiro troca-troca de favores de modo descarado e deslavado, onde, de um lado há NÍTIDO controle das operações e de outro, fornecimento de benesses e/ou favores. Criaram mecanismos internos para que somente os delegados e somente eles, tenham toda a sorte de privilégios e acobertamento de desmandos administrativos, os quais, viessem a tona, envergonhariam a sociedade brasileira.
Mas indaga-se, como há aparelhamento do PT sobre a PF se ultimamente é a própria PF quem fornecesse combustível contra o PT e governo federal? A resposta é muito simples. Há dentro da PF pelos menos três "facções" por assim dizer, cada qual lutando por suas bandeiras políticas, ou seja, a que se encastela na direção-geral, ligada umbilicalmente ao PT; a que está em outros órgãos na segunda linha de hierarquia, umbilicalmente ligada ao PSDB; e, outra, com menor força, em cargos de menor expressão, que aguardam o momento certo para tentar alcançar um naco do poder.
Ou seja,  PF é um órgão EXTREMAMENTE partidarizado e se não bastassem essas lutas partidárias, há ainda uma outra guerra, essa travada com os policiais operacionais, chamados de EPA`s(Escrivães, Papiloscopista e Agentes), os quais vêm denunciando todos esses desmandos e por isso são vergonhosamente espezinhados pelo governo federal, leia-se MJ e MPOG, tudo sob a batuta do Grande Pensador.
O que se pretende é esclarecer à sociedade brasileira que a PF não pode, jamais e em tempo algum, ser instrumento de aparelhamento de governos, sejam de quais matizes forem, tornando-se, como de fato está sendo, instrumento de governos e de oposição, para se atacarem mutuamente.
A POLÍCIA FEDERAL precisa, urgentemente, sofrer uma intervenção externa de modo a promover uma ampla REESTRUTURAÇÃO, concedendo-lhe AUTONOMIA FUNCIONAL, FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA, longe do alcance e controle dos governos, sem, contudo, obviamente, afastar-se do CONTROLE ESTATAL.
O governo atual instrumentalizou e aparelhou a PF, mas não consegue, pelos motivos já explicitados, controlar toda a cadeia de eventos relativos aos atos investigativos. a instituição encontra-se ACÉFALA pois internamente os desmandos estão sob o foco dos seus servidores que, deixados de lado pela administração federal, estão a sofrer toda a sorte de perseguições, financeiramente inclusive.
As pessoas importantes desse país deveriam prestar mais atenção ao que se passa dentro da POLÍCIA FEDERAL e se debruçarem sobre esse grave e latente problema sob pena de serem, brevemente, vítimas desse mesmo aparelho repressor que serve a GOVERNOS e não ao ESTADO.
Estamos todos, literalmente, diante de um "balaio-de-gatos", totalmente sem controle ESTATAL, porém, diametralmente oposto, totalmente sob controle de PARTIDOS POLÍTICOS. 

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