Marina está “encantada” com os Bornhausen
Autor: Miguel do Rosário
Leio na imprensa que Marina Silva está jogando duro com Eduardo Campos, numa tentativa de influenciar a escolha dos candidatos do PSB nas eleições para governador.
Em São Paulo, Marina não quer aliança do PSB com Alckmin, nem com o presidente do PV, Marcio França. Até aí tudo bem. Palmas para ela.
Mas aí eu me deparo com a seguinte informação, no jornal O Globo:
“Marina se encantou com o herdeiro político da família Bornhausen, o deputado Paulo Bornhausen (…) e quer lançá-lo a candidato ao governo (…)”
Vou repetir o que disse o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, quando Joaquim Barbosa respondeu que o “móvel” do sigilo do inquérito 2474 era para “o bom andamento do processo”.
“Aí não! Aí não vinga!”
O bom senso nos manda duvidar dos jornais, mas dessa vez abrirei uma exceção, porque não é novidade. Aliás, a foto acima não mente. O olhar de Marina na direção de Paulo Bornhausen é, de fato, o de uma pessoa “encantada”. O próprio Bornhausen é que parece não acreditar nisso, de tão incrível que é. Ele parece desviar olhar, como quem pensa: “não é possível que esta mulher me apoie, depois de tudo que eu já falei sobre sua ‘raça’; o que será que ela quer?”
Ela quer o poder, Paulinho.
Paulo Bornhausen sempre foi do DEM, onde seu pai, Jorge Bornhausen, foi presidente do partido. O velho Bornhausen ficou famoso durante o processo do mensalão quando falou que o escândalo serviria para “acabar com essa raça”. Marina Silva pertencia à “raça” petista na época.
Paulo Bornhausen ganhou notoriedade ao liderar o movimento “Xô CPMF!”, que terminou vitorioso, se é que se pode chamar de vitorioso um movimento que já tirou, desde 2008, primeiro ano sem o imposto, até 2014, quase R$ 300 bilhões da Saúde Pública, além de constituir um importante instrumento para combater a lavagem de dinheiro e a sonegação.
Depois ele migrou para o PSB, o que é uma escolha curiosa para alguém que passou a vida falando mal do socialismo, e até hoje faz discursos contra os governos de esquerda da América Latina.
Paulo também fez oposição ao Plano Nacional de Direitos Humanos do governo federal, e hoje integra essa nova ala do PSB que vem ganhando cada vez mais espaço no partido: os socialistas de extrema-direita, que são contra os “bolivariano”, mas adoram as alianças com PSDB e DEM.
Diante de Paulo Bornhausen, eu até penso com simpatia em Ronaldo Caiado, que é ao menos um direitão franco e assumido; não migrou para um partido “socialista” para engambelar seus eleitores e o Brasil.
Na mesma reportagem do Globo que menciona seu encantamento com Paulo Bornhausen, leio que Marina atacou violentamente o governo Dilma dizendo que “governo tem que ser programático”.
Pois é, esta “nova política” promete.
Leio na imprensa que Marina Silva está jogando duro com Eduardo Campos, numa tentativa de influenciar a escolha dos candidatos do PSB nas eleições para governador.
Em São Paulo, Marina não quer aliança do PSB com Alckmin, nem com o presidente do PV, Marcio França. Até aí tudo bem. Palmas para ela.
Mas aí eu me deparo com a seguinte informação, no jornal O Globo:
“Marina se encantou com o herdeiro político da família Bornhausen, o deputado Paulo Bornhausen (…) e quer lançá-lo a candidato ao governo (…)”
Vou repetir o que disse o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, quando Joaquim Barbosa respondeu que o “móvel” do sigilo do inquérito 2474 era para “o bom andamento do processo”.
“Aí não! Aí não vinga!”
O bom senso nos manda duvidar dos jornais, mas dessa vez abrirei uma exceção, porque não é novidade. Aliás, a foto acima não mente. O olhar de Marina na direção de Paulo Bornhausen é, de fato, o de uma pessoa “encantada”. O próprio Bornhausen é que parece não acreditar nisso, de tão incrível que é. Ele parece desviar olhar, como quem pensa: “não é possível que esta mulher me apoie, depois de tudo que eu já falei sobre sua ‘raça’; o que será que ela quer?”
Ela quer o poder, Paulinho.
Paulo Bornhausen sempre foi do DEM, onde seu pai, Jorge Bornhausen, foi presidente do partido. O velho Bornhausen ficou famoso durante o processo do mensalão quando falou que o escândalo serviria para “acabar com essa raça”. Marina Silva pertencia à “raça” petista na época.
Paulo Bornhausen ganhou notoriedade ao liderar o movimento “Xô CPMF!”, que terminou vitorioso, se é que se pode chamar de vitorioso um movimento que já tirou, desde 2008, primeiro ano sem o imposto, até 2014, quase R$ 300 bilhões da Saúde Pública, além de constituir um importante instrumento para combater a lavagem de dinheiro e a sonegação.
Depois ele migrou para o PSB, o que é uma escolha curiosa para alguém que passou a vida falando mal do socialismo, e até hoje faz discursos contra os governos de esquerda da América Latina.
Paulo também fez oposição ao Plano Nacional de Direitos Humanos do governo federal, e hoje integra essa nova ala do PSB que vem ganhando cada vez mais espaço no partido: os socialistas de extrema-direita, que são contra os “bolivariano”, mas adoram as alianças com PSDB e DEM.
Diante de Paulo Bornhausen, eu até penso com simpatia em Ronaldo Caiado, que é ao menos um direitão franco e assumido; não migrou para um partido “socialista” para engambelar seus eleitores e o Brasil.
Na mesma reportagem do Globo que menciona seu encantamento com Paulo Bornhausen, leio que Marina atacou violentamente o governo Dilma dizendo que “governo tem que ser programático”.
Pois é, esta “nova política” promete.
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