Cineasta brasileiro Eduardo Coutinho é homenageado em Paris
O cineasta brasileiro Eduardo Coutinho, morto no dia 2 de
fevereiro no Rio de Janeiro, é homenageado nesse momento em Paris.
Projeções e debates estão sendo realizados para celebrar a obra desse
que ficou conhecido como um dos maiores documentaristas do país, graças a
filmes como “Cabra Marcado para Morrer”, “As Canções”, ou ainda
“Edifício Master”.
O cinema parisiense La Clef apresenta
nesta quinta-feira (13) o filme “Edifício Master”. O documentário, que
conta a história dos moradores de um prédio de Rio de Janeiro, foi
lançado em 2002 e reúne algumas das principais características da obra
do cineasta. “Eduardo Coutinho teve uma carreira longa e muito rica. A
linguagem escolhida e a maneira que ele aborda os personagens fazem
dessa obra um marco na sua trajetória. O próprio cineasta dizia que esse
foi um de seus filmes mais ricos”, comenta Erika Campelo,
secretária-geral da associação Autres Brésils, que organiza a projeção.
A homenagem continua no festival Cinéma du Réel, um dos principais eventos de documentários da França, que começa na próxima semana. Os filmes “Cabra Marcado para Morrer” e “Sobreviventes da Galileia” serão projetados na abertura da programação, na quinta-feira (20).
Essa não é a primeira vez que “Cabra Marcado para Morrer” é apresentado no festival, pois foi nesse mesmo evento que a obra foi premiada em 1985. Para Anna Glogowski, conselheira na área de documentários para o canal de televisão francês France 3 e especialista em cinema brasileiro, o prêmio deu início à carreira internacional de Coutinho. “Depois disso, os filmes dele sempre foram projetados no Cinéma du Réel, do qual ele chegou a ser membro do júri”, relata. Em seguida, vários de seus projetos foram apresentados e até mesmo produzidos pela França. “"Boca do Lixo” passou no Canal+ e a emissora Arte também assinou um contrato para a realização de “O Fio da Memória”, sobre o centenário da abolição da escravatura”, relembra a especialista.
Coutinho também teve grande espaço na temporada cultural do Ano do Brasil na França, em 2005. “Cabra Marcado para Morrer” abriu a seleção que celebrava os documentários brasileiros e “Peões” encerrou a programação dedicada ao gênero cinematográfico.
Herança francesa
O documentarista também tem uma história comum com o cinema francês, antes mesmo de se tornar cineasta. Estudante na Idhec (Instituto de altos estudos cinematográficos) nos anos 1950, o brasileiro era um assíduo frequentador da Cinemateca de Paris. “Naquela época, as pessoas compravam um ingresso para a sessão das 14h e ficavam até meia-noite e ele foi se alimentando do cinema francês e do cinema mundial”, explica Glogowski. “Ele tinha uma relação muito forte com a França. O país fazia parte do acervo cultural de Eduardo Coutinho”, conclui Glogowski.
A homenagem continua no festival Cinéma du Réel, um dos principais eventos de documentários da França, que começa na próxima semana. Os filmes “Cabra Marcado para Morrer” e “Sobreviventes da Galileia” serão projetados na abertura da programação, na quinta-feira (20).
Essa não é a primeira vez que “Cabra Marcado para Morrer” é apresentado no festival, pois foi nesse mesmo evento que a obra foi premiada em 1985. Para Anna Glogowski, conselheira na área de documentários para o canal de televisão francês France 3 e especialista em cinema brasileiro, o prêmio deu início à carreira internacional de Coutinho. “Depois disso, os filmes dele sempre foram projetados no Cinéma du Réel, do qual ele chegou a ser membro do júri”, relata. Em seguida, vários de seus projetos foram apresentados e até mesmo produzidos pela França. “"Boca do Lixo” passou no Canal+ e a emissora Arte também assinou um contrato para a realização de “O Fio da Memória”, sobre o centenário da abolição da escravatura”, relembra a especialista.
Coutinho também teve grande espaço na temporada cultural do Ano do Brasil na França, em 2005. “Cabra Marcado para Morrer” abriu a seleção que celebrava os documentários brasileiros e “Peões” encerrou a programação dedicada ao gênero cinematográfico.
Herança francesa
O documentarista também tem uma história comum com o cinema francês, antes mesmo de se tornar cineasta. Estudante na Idhec (Instituto de altos estudos cinematográficos) nos anos 1950, o brasileiro era um assíduo frequentador da Cinemateca de Paris. “Naquela época, as pessoas compravam um ingresso para a sessão das 14h e ficavam até meia-noite e ele foi se alimentando do cinema francês e do cinema mundial”, explica Glogowski. “Ele tinha uma relação muito forte com a França. O país fazia parte do acervo cultural de Eduardo Coutinho”, conclui Glogowski.
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