Billmon: EUA-EU, os grandes enganadores na Ucrânia

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Presidente Obama, em Washington na 6ª-feira  (28/2/2014), sopesando opções para 
responder aos movimentos militares russas na Ucrânia. Foto - G. Demczuk/NYTimes
Billmon, [1]  santo padroeiro desse blog Moon of Alabama, oferece a história concisa (embora necessariamente incompleta) da intromissão do “ocidente” na Ucrânia:
EUA e União Europeia (EU) aos ucranianos pró-“ocidente”: “Vocês confiaram em nós. Vocês se foderam, caras”.
  1. billmon@billmon1 - Resumo aproveitável de por que a intromissão de EUA-EU na política interna ucraniana acabou por revelar-se ideia tão ruim,  http://nyti.ms/1fS7wFD 10 hours ago [há dez horas]
  1. billmon@billmon1 - Ex-vice de Bush (na Agência de Segurança Nacional), hoje, no NYT: “Agora não há o que os EUA possam fazer para salvar a Ucrânia”. [2] http://nyti.ms/1fS7wFD 10 hours ago
  1. billmon@billmon1 - Há mais de uma década, elites dos EUA-EU encorajaram os ucranianos a crer que o futuro deles estaria com o “ocidente”, apesar dos claros sinais que a Rússia lhes enviava...(postado 1) – 10 hours ago
  1. billmon@billmon1... - de que qualquer tentativa para atrair a Ucrânia para a OTAN implicaria ataque direto a interesses cruciais da Rússia, no campo da segurança (postado 2) – 10 hours ago
  1. billmon@billmon1 - Mas, ignorando o que a Rússia dizia, EUA/EU continuaram a falar (e agir) como se alguma eventual integração da Ucrânia na aliança ocidental fosse inevitável. (postado 3) – 10 hours ago
  1. billmon@billmon1 - Aliados ocidentais ofereceram o sonho da integração como membro da União Europeia (& com os padrões de vida da UE) & e a falsa promessa de generosa ajuda econômica...(postado 4) – 10 hours ago
  1. billmon@billmon1 ... - sob a condição de que a Ucrânia rejeitasse qualquer ajuda dos russos. Quando Yanukovich rejeitou a “oferta” ocidental, EUA-EU, estimularam ucranianos pró-ocidente a rebelar-se (postado 5) – 9 hours ago [há nove horas]
  1. billmon@billmon1 - EUA-EU manipularam facções políticas (fascistas) na Ucrânia, para que chegassem ao governo que queriam – e que imporia à Ucrânia “reformas” neoliberais e “austeridade” (postado 6) – 9 hours ago
  1. billmon@billmon1 - E agora, depois de inflar as esperanças e expectativas dos ucranianos pró-ocidente e depois de já ter provocado resposta agressiva da Rússia... (postado 7) – 9 hours ago
  1. billmon@billmon1 - ... EUA-EU dizem que “não há nada que possamos fazer para salvar a Ucrânia”  [Deu no New York Times!]. Estúpidos, safados, canalhas, covardes, matadores. Filhos da puta. – 9 hours ago
E, acrescento eu, aqui:

O mesmo aconteceu com a Hungria em 1956; com Praga, em 1968; e com o Iraque xiita depois da 1ª Guerra do Golfo.
Os EUA incitaram a esperança de que ajudariam depois de alguma “revolução” derrubar algum governo local. Na sequência, “declararam” que nada podiam fazer.
Quem será o próximo grupo, que se deixará enganar a seguir, sempre do mesmo modo?

Notas dos tradutores
[1] Os comentários numerados acima devem ser lidos como uma sequência. Os excertos de matérias de jornal foram organizadas por “Billmon” e distribuídas, como os comentários, como postados de Twitter. Os links remetem aos tuítos, que remetem às matérias, quando citadas.
Para compreender, não é preciso ler mais que os tuítos aqui traduzidos. Magnífico uso do Twitter (totalmente desjornalístico), para fazer bom comentário (do que os jornais publicam).
Billmon anima o blog Free Thinking in a Dirty Glass (“Livre pensar e um copo usado”).
[2] [Trata-se de] “James F. Jeffrey, vice-conselheiro de Segurança Nacional de Bush, o qual em agosto de 2008, foi o primeiro a informar o presidente de que tropas russas avançavam para a Geórgia, em resposta ao que o Kremlin chamou de agressão da Geórgia contra Ossetia do Sul. O “confronto” começou durante os Jogos Olímpicos de Pequim, quando Bush e Putin estavam ambos em Pequim. Bush interpelou Putin – sem qualquer resultado – e, depois mandou navios militares dos EUA para a região e transportou de volta para o país de origem alguns soldados georgianos que prestavam serviço no Iraque”. Ler: 1/3/2014, NYTimes, James Baker em: Making Russia Pay? It’s Not So Simple”.

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