Bancada do PMDB decide votar contra Marco Civil da Internet
Na reunião, participaram mais de 60 dos 76 deputados peemedebistas Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu nesta
terça-feira votar a favor da proposta de criação de uma comissão externa
para viajar até a Holanda a fim de acompanhar investigação que cita a
Petrobras. Na reunião, os peemedebistas também resolveram votar contra a
aprovação do projeto de lei que cria o marco regulatório da internet e
aprovaram moção de apoio ao líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha
(RJ). As votação do Marco Civil da Internet e a criação da comissão
externa constam da pauta do plenário da sessão desta terça-feira.
Segundo Cunha, na quarta-feira, os parlamentares do
PMDB vão votar favoravelmente à aprovação do requerimento de convite
para que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, compareça à Câmara
para depoimento. Cunha informou que, também amanhã, os peemedebistas
votarão pela convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para
comparecer à Câmara.
Na
reunião, da qual participaram mais de 60 deputados dos 76 da bancada,
foi aprovada nota oficial reiterando que o "único interlocutor da
bancada é o líder Eduardo Cunha", propondo a convocação da Executiva
Nacional para debater a atual crise, "com vistas a reavaliar a qualidade
da aliança com o PT e a adotar providências visando ao fortalecimento
do PMDB". A nota reafirma a decisão anterior da bancada de não indicar
nomes para os ministérios e a intenção da bancada de se conduzir com
independência nas votações, de acordo com a maioria em cada votação.
No inicio da reunião, os deputados aprovaram moção de
apoio ao líder Eduardo Cunha, que tem sofrido "ataques e agressões que
extrapolam o patamar da civilidade em quaisquer das relações". Os
ataques ao líder, diz o texto, são "ataques ao PMDB. A bancada
manifesta solidariedade ao deputado Eduardo Cunha e reafirma a confiança
nele depositada" quando de sua recondução à liderança.
Eduardo Cunha disse aos jornalistas que não cabe à
bancada decidir sobre a aliança política com o PT, mas admitiu que "há
uma crise política" e que, para solucioná-la, é preciso ter gestos e
ações. Segundo ele, na reunião, a bancada externou sua insatisfação com o
governo e com a aliança. "O que está em discussão é a qualidade da
aliança", afirmou.
Comentários