A bicicleta sem rodas de Aécio no Rio de Janeiro.

Fernando Brito
bicicleta
A cena foi devidamente pensada para mostrar alegria e descontração.
Não-candidato desde sempre ao Governo, porque a mulher – a sábia Fernanda Venturini – disse não, o técnico de vôlei Bernardinho foi entregar “uma carta” no apartamento onde mora, no Rio, o senador mineiro Aécio Neves.
Já Fernando Gabeira foi, também de bicicleta, pedir a Aécio que falasse mais na crise da Venezuela e da cheia do Rio Madeira. Aproveitou para ouvir um convite para ser candidato a governador, ao qual agradeceu e disse não.

E Aécio Neves, claro, também desceu, à saída, de bicicleta e de fotógrafo, para registrar a cena aí de cima.
Mas não pedalaram juntos, pois, como frisou Gabeira n’O Globo, “cada um seguiu o seu caminho”.
Tudo verdadeiro e espontâneo como uma nota de três reais.
Não se sabe aonde foi Aécio de bicicleta.
Provavelmente a lugar nenhum.
Não só porque os passeios de Aécio no Rio não costumam ser feitos de forma que exija o equilíbrio dos ciclistas, como porque, na política, a sua bicicleta está sem rodas.
Até agora, só tem uma: a com o pneu murcho da candidatura César Maia.
A outra ele vai tentar ver se começa a arrumar hoje, no Sambódromo, no camarote de Eduardo Paes, no Sambódromo.
Duvideo-dó, como dizia a minha avó, porque Paes está pendurado em Dilma a contragosto, porque sua imagem no Rio anda péssima.
Recomendaria, aliás, que ambos não pusessem a cara fora do camarote, hoje, na Sapucaí…
O candidato da direita no Rio de Janeiro não estará com Aécio, embora parte dos seus eleitores vá estar.
Ele será da dupla Dudu-Marina.
O simpático Marcos Palmeira, o ator, parece ter mesmo dispensado o convite – quase um apelo – da ex-senadora. Fechou contrato para uma série no Multishow que estreia em julho.
Mas arranjam outro.
O que sobrou para Aécio é nada.
Ou Cabral, talvez, que no es lo mismo pero es igual.

Comentários