Sininho, fada madrinha da direita e “sister” do BB da Globo, vai pro “paredão”
Autor: Fernando Brito
Nunca se tergiversou aqui com a condenação dos black blocs, um aglomerado facinoroso de desmiolados e recalcados.
Enquanto a mídia “civilizada” – francamente, é duro vê-la se definir assim, quando os veículos mais importantes vão se coalhando de, e a expressão não é minha, pit-bulls direitistas – os aplaudia e compreendia, já eram chamados neste blog pelo que são, mesmo que achem ser o contrário: fascistóides, autoritários, incapazes para o convívio.
Por mais que se apresentassem como ultra-esquerdistas e anarquistas, sua ação beneficiava a direita, inequivocamente, e esta não escondia o seu esfregar de mãos diante das ruas conflagradas.
O conservadorismo brasileiro, desmoralizado, sem credibilidade e com um candidato fraquíssimo (Aécio) e outro inventado (Eduardo Campos), apostava nos “meninos” para dar-lhe chances eleitorais.
Tragicamente, deu errado.
E arranjaram uma idiota para bode expiatório.
Sininho é apenas o que parece, uma mocinha com síndrome de Peter Pan, que não quer crescer e acha que pode viver para sempre o seu sonho juvenil.
Que está achando que a vida é um “happening”, a política uma alegoria de rua e o povo os “bons selvagens”, que tem de ser atraídos para a calçada.
O “financiamento” de R$ 1.600 é uma piada e não explica o suporte material que, de fato, esta sequência de manifestações sugere e, muito menos, a informação de que há sistemático aliciamento pecuniário de manifestantes.
Nada disso elide em um milímetro a culpa de nenhum deles. E de todos os outros que estão pregando, nas redes, a agressão ou a tolerância com provocadores. Em graus diferentes, todos eles dispararam o rojão que matou Santiago Andrade, embora o crime de homicídio, até agora, só aos dois detidos possa ser imputado criminalmente.
(aliás, este advogado, hein…)
Mas há mais, muito mais, nesta história. Há dinheiro, há interesses eleitorais e, claro, há também a doença infantil de quem a “ativista” é símbolo.
Sininho, a radicalzinha idiota, está sendo uma fada madrinha para a direita.
Ela é tão responsável por este processo quanto as meninas que se exibem no BBB (no caso, com um B a menos) para outros tirarem disso as vantagens imensas que desejam.
A capa da Veja não é um indício disto, é uma confissão.
Afinal, que saída melhor para se livrar das consequências trágicas de um processo que ela insuflou, difundiu, multiplicou e do qual se serviu despudoramente?
Que saída melhor, embora irracional, do que acusar o governo de responsável por manifestações anti-governo?
Os Capitães Gancho adoraram a Thinker Bell.
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