PSDB diz que petistas fazem apologia a crime



 

O deputado petista André Vargas, no Congresso, ao lado de Joaquim Barbosa
4/2/2014 às 16h46
PSDB pede apuração de doações a condenados do mensalão
Tucanos alegam supostos crimes de apologia a crime ou a criminoso e lavagem de dinheiro
Agência Estado, no R7
A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados protocolou, nesta terça-feira (4), na PGR (Procuradoria-Geral da República), pedido de apuração dos supostos crimes de apologia a crime ou a criminoso e lavagem de dinheiro no processo de arrecadação de doações para petistas condenados no esquema do mensalão.
Os tucanos questionam ato de desagravo realizado no 5º Congresso do PT, em dezembro passado, e o volume de recursos encaminhado ao ex-deputado José Genoino e ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Na representação, o atual líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), que nesta tarde passa a função ao deputado da Bahia Antônio Imbassahy, questiona não só o volume de recursos doado aos petistas como o curto tempo em que a soma foi conseguida.
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Com o apoio de familiares, amigos, apoiadores e militantes petistas, José Genoino arrecadou mais de R$ 700 mil em doações por meio de um site criado exclusivamente para a “vaquinha eletrônica”. Com o recurso, obtido em aproximadamente 10 dias, o petista conseguiu pagar multa de R$ 667,5 mil, decorrente da condenação no processo do mensalão.
Delúbio Soares usou a mesma estratégia e conseguiu arrecadar R$ 1 milhão. A multa imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a Delúbio foi de R$ 466,8 mil.
Abaixo, do site do PSDB, o pedido de investigação do deputado André Vargas por suposta quebra de decoro parlamentar:



Vargas reage a pedido de abertura de processo do PSDB
Na terça, petista sentou ao lado de Joaquim Barbosa e repetiu o gesto feito pelos condenados do mensalão durante as prisões de novembro. Além disso, disse que queria dar uma cotovelada no ministro
Agência Estado, em OEM
Publicação: 04/02/2014 16:49 Atualização: 04/02/2014 17:01
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), reagiu na tarde desta terça-feira, 04, ao pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar protocolado na Corregedoria da Casa pelo novo líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA). O petista disse não acreditar que o pedido seja acolhido e afirmou que não aceitará “patrulhamento ideológico” do PSDB. “É um patrulhamento inaceitável”, desabafou.
Na terça-feira, na cerimônia de abertura do ano legislativo, Vargas se sentou ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e repetiu o gesto feito pelos condenados do Mensalão durante as prisões de novembro passado. O petista disse que apenas retribuía ao gesto que outros parlamentares faziam para ele naquele momento. “Não fiz para o Joaquim”, relatou. Como revelou o jornal O Estado de S.Paulo, durante o evento o petista ainda trocou mensagens pelo celular manifestando a vontade de dar “uma cotovelada” em Barbosa. “Isso foi uma conversa privada”, reclamou.
Vargas afirmou que o presidente do STF “agride” jornalistas e a classe política, mas garantiu que seu gesto não foi ofensivo. Segundo o deputado, antes da cerimônia os dois até trocaram cumprimentos de forma “decente”.
No ofício encaminhado ao corregedor Átila Lins (PSD-AM), o líder do PSDB relata “suposta prática de infração ética e de prática de eventual ato atentatório ao decoro parlamentar” de Vargas. “Essa atitude, a toda evidência, constitui um desrespeito à autoridade que se encontrava na dependência desta Casa e com a qual o deputado manteve contato no exercício da atividade parlamentar e na condição de Primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados”, ressalta o ofício.
O petista disse compreender que o PSDB use episódios envolvendo o mensalão como “tática central” de sua estratégia. “Isso aí faz parte da luta política”, considerou. Ele reafirmou a disposição de continuar “discordando” do presidente do STF na condução do processo do mensalão por considerar que sua postura é amparada pelo “direito de livre expressão”. “Se o STF tiver a mesma postura contra o Eduardo Azeredo (deputado do PSDB que é réu no processo do mensalão mineiro), terei a mesma posição”, afirmou.
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