Lula reúne partidos e conclama derrota do PSDB em Minas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta sexta-feira (14), em Belo Horizonte, com lideranças partidárias e parlamentares da base do governo da presidenta Dilma Rousseff em Minas Gerais. O encontro debateu a importância das eleições de 2014 no estado e apresentou a pré-candidatura do ex-ministro Fernando Pimentel ao governo do estado pelo PT.
Por Mariana Viel, da redação do Vermelho-Minas
Para ele, o pré-candidato do PT ao governo do estado deve fazer todo o esforço necessário para construir uma aliança que reúna a maior parte dos partidos que estão na base do governo federal. “Isso facilitará, não apenas a campanha, mas também a construção de um programa muito mais plural, que não seja apenas a visão de um partido ou de uma parcela da sociedade”.
Lula disse que é preciso estimular um amplo debate e a politização das ações que o governo da presidenta Dilma tem realizado no estado. “Minas é um estado que tem incidência na política nacional e precisa ser cada vez mais enaltecida enquanto um estado de importância nas decisões políticas do governo federal. Minas tem que se valer da importância e do peso desse estado”.
Ele defendeu que as eleições de 2014 representam uma chance extraordinária para uma mudança significativa na política estadual e criticou a segregação imposta a Minas nos últimos anos. “Se tentarmos ser igual a ele [Aécio Neves] perderemos as eleições. Temos que fazer uma campanha mostrando no que é que somos diferentes. Estamos em um momento excepcional. Temos condições de mostrar o que é que a Dilma tem feito por esse estado.”.
PCdoB reafirma Jô Moraes pré-candidata do governo
“Nesse cenário atual, achamos que a fala do ex-presidente Lula corrobora com a iniciativa do PCdoB de também apresentar um nome para disputar as eleições, pautando um projeto para Minas e percorrendo o interior do estado para sentir os problemas da população. O PSDB está há muito tempo à frente do governo estadual e não tem mantido esse diálogo com os mineiros. É um governo muito mais baseado no marketing político e no controle de grande parte da mídia”.
Wadson explica que a pré-candidatura de Jô Moraes não significa uma divisão dos partidos democráticos populares em Minas. Segundo ele, outros estados como o Rio de Janeiro e São Paulo também possuem diferentes pré-candidaturas da base do governo. “Nosso esforço é manter a candidatura da Jô e disputar as eleições. Achamos que existe espaço na política mineira para debater o nome de uma mulher, guerreira, parlamentar a muitos anos e que pode congregar outros partidos e representar um novo momento para Minas Gerais. O que importa agora é conversar com os movimentos sociais, partidos políticos e tornar viável a nossa candidatura. De forma alguma isso é uma divisão. Esperamos estar no segundo turno para receber o apoio dos partidos da base da presidenta Dilma, mas caso não estejamos iremos hipotecar nosso apoio ao candidato que represente esse leque de forças”.
Após os debates com os partidos, o ex-presidente compareceu ao ato-festa que marcou os 34 anos de criação do PT. A atividade, que reuniu cerca de três mil militantes, marcou ainda o lançamento da “Caravana da Participação: a gente quer o que é melhor pra você” que irá percorrer todas as regiões do estado nos próximos meses.
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