As dúvidas sobre o caso Novojornal

Em Observação
Mantenho EM OBSERVAÇÃO ambas as matérias sobre o Novojornal. Há um tiroteio de informações cujo desfecho levará algum tempo.
O Ministério Público Estadual de Minas Gerais tem a obrigação de trazer a público documentos, testemunhas, indícios que justificariam a detenção de Carone, o dono do Novojornal, assim como a invasão da casa do repórter. A existência ou a inexistência desses dados ajudará a resolver a questão sobre o papel do Novojornal e do próprio MInistério Público do estado.
Por Mônica Sanches

comentário no post "As diversas hipóteses sobre a prisão do dono do Novojornal"
Não vou entrar em questões políticas, somente falar que esse senhor Carone é um bandido sim!!!  E as famílias que foram vítimas sabem bem. Esse senhor usa o jornal para denegrir imagens, extorquir. E é disso que se trata. (...). A ABI, Associação Brasileira de Imprensa, já havia feito um alerta contra ele, pela prática d eum jornalismo sujo. E olhem isso tb: http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/129090/Novo-Jornal-j%C3%A1-perseguiu-at%C3%A9-presidente-da-Fenaj.htm ele tb perseguiu o presidente da Fenaj.
É uma vergonha para os jornalistas. (...)
Do Brasil247

Minas 247 - Acusado de pertencer a uma quadrilha de falsários, suspeita de golpes de mais de um bilhão de reais, e preso, desde o dia 20 de janeiro, por tentar intimidar 10 das 11 testemunhas de acusação do processo, o proprietário do site Novo Jornal, Marco Aurélio Carone, perseguiu os jornalistas Geraldo Melo, atual assessor do Gabinete da Presidência da República, e Américo Antunes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Além dos jornalistas, Carone também disparou contra o ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, e a sua ex-mulher, Thaís Velloso Cougo Pimentel, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, e na época presidente da Fundação Municipal de Cultura, entidade vinculada à prefeitura de Belo Horizonte. Thais Pimentel foi acusada falsamente por Carone de manipular ata do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH para atender a interesses de uma empresa vinculada ao ministro Pimentel.
O ministro Pimentel também foi alvo direto de Carone, que tentou envolve-lo com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. As notícias, como é facilmente comprovado, tentam envolver o ministro em uma série de escândalos desconexos, com o objetivo apenas de causar dano à sua imagem.
Na mesma matéria que o cita como envolvido na quadrilha de Cachoeira (veja aqui), ele afirma que Pimentel também teria relações com as atividades do grupo ligado à ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo:“Com a conclusão da Operação Porto Seguro da Polícia Federal e a prisão da chefe de gabinete  da presidência de república em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, o ministro Fernando Pimentel volta aser acusado de ter participado do esquema”.
Denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais e aceita pela 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, aponta Carone como “relações públicas” da quadrilha comandada por Nilton Monteiro, atualmente preso suspeito de falsificação de documentos. O papel de Carone no bando, que se fingia de jornalista, seria o de difamar as vítimas e as autoridades encarregadas de apurar seus crimes, como juízes, desembargadores, promotores e policiais.
No dia 02/10/2007, Carone protocolizou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha contra os dois jornalistas e diversas autoridades, entre elas políticos, juízes e membros do Ministério Público. No dia seguinte (03/10) Carone publicou em seu site matéria sobre a denúncia (veja aqui), omitindo que foi ele que quem fez a denúncia no STF. Carone dá a entender que a matéria tinha origem legítima.
Seguindo o modus operandi de Carone em suas ações de difamação, veja o alguns dos trechos da “reportagem” publicada no Novo Jornal:
 “Escrúpulo e ética não existia para estas autoridades, tratadas na denúncia como quadrilha. Faziam o que fosse preciso. A certeza da impunidade era tamanha que negociavam entre si sentenças, pareceres e despachos que criavam uma situação favorável à prática de um determinado crime.
Agora todos foram denunciados por práticas de crime, perante ao Supremo, que deverá encaminhar a denúncia para a procuradoria da República para que, a mesma, ofereça denúncia ou não. 
A grande maioria dos juristas consultados, não acreditam na punição dos denunciados, devido ao auto corporativismo existente no judiciário, porém, admitem que só a denúncia em si, já é uma grande conquista, pois irá tirá-los do anonimato, desta forma, impedindo que continuem atuando de maneira criminosa”.
Nesta “notícia” ele cita nominalmente as seguintes pessoas integrantes da “quadrilha” denunciada por ele ao STF: “procurador Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho, os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho, Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunis, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva”.
A denúncia foi rejeitada em votação unânime pelo plenário do STF, em julgamento realizado no dia 12/06/2008, por não apresentar elementos que pudessem sustentar as acusações feitas contra os jornalistas e as demais autoridades (veja a decisão aqui).
No site do Carone, claro, nenhuma nota sobre a decisão do STF que inocentou suas vítimas.

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