As dúvidas sobre o caso Novojornal
Luis Nassif
ter, 04/02/2014 - 22:10
Em ObservaçãoMantenho EM OBSERVAÇÃO ambas as matérias sobre o Novojornal. Há um tiroteio de informações cujo desfecho levará algum tempo.
O Ministério Público Estadual de Minas Gerais tem a obrigação de trazer a público documentos, testemunhas, indícios que justificariam a detenção de Carone, o dono do Novojornal, assim como a invasão da casa do repórter. A existência ou a inexistência desses dados ajudará a resolver a questão sobre o papel do Novojornal e do próprio MInistério Público do estado.
Por Mônica Sanches
comentário no post "As diversas hipóteses sobre a prisão do dono do Novojornal"
Não vou entrar em questões políticas, somente falar que esse senhor Carone é um bandido sim!!! E as famílias que foram vítimas sabem bem. Esse senhor usa o jornal para denegrir imagens, extorquir. E é disso que se trata. (...). A ABI, Associação Brasileira de Imprensa, já havia feito um alerta contra ele, pela prática d eum jornalismo sujo. E olhem isso tb: http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/129090/Novo-Jornal-j%C3%A1-perseguiu-at%C3%A9-presidente-da-Fenaj.htm ele tb perseguiu o presidente da Fenaj.
É uma vergonha para os jornalistas. (...)
Do Brasil247
Novo Jornal já perseguiu até presidente da Fenaj
Um de seus alvos de Marco Aurélio Carone, preso desde de 20 de janeiro, foi o jornalista Américo Antunes, ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas; ele próprio protocolou a denúncia, que passou a ser noticiada no seu site, até ser arquivada pela Justiça por total ausência de fundamento; era esse o modus operandi do empresário
Minas 247 -
Acusado de pertencer a uma quadrilha de falsários, suspeita de golpes
de mais de um bilhão de reais, e preso, desde o dia 20 de janeiro, por
tentar intimidar 10 das 11 testemunhas de acusação do processo, o
proprietário do site Novo Jornal, Marco Aurélio Carone, perseguiu os
jornalistas Geraldo Melo, atual assessor do Gabinete da Presidência da
República, e Américo Antunes, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj).
Além dos jornalistas,
Carone também disparou contra o ministro Fernando Pimentel, do
Desenvolvimento, e a sua ex-mulher, Thaís Velloso Cougo Pimentel,
professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, e na época presidente da Fundação
Municipal de Cultura, entidade vinculada à prefeitura de Belo Horizonte.
Thais Pimentel foi acusada falsamente por Carone de manipular ata do
Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo
Horizonte - CDPCM-BH para atender a interesses de uma empresa vinculada
ao ministro Pimentel.
O ministro Pimentel
também foi alvo direto de Carone, que tentou envolve-lo com a quadrilha
do bicheiro Carlinhos Cachoeira. As notícias, como é facilmente
comprovado, tentam envolver o ministro em uma série de escândalos
desconexos, com o objetivo apenas de causar dano à sua imagem.
Na mesma matéria que o cita como envolvido na quadrilha de Cachoeira (veja aqui),
ele afirma que Pimentel também teria relações com as atividades do
grupo ligado à ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo:“Com
a conclusão da Operação Porto Seguro da Polícia Federal e a prisão da
chefe de gabinete da presidência de república em São Paulo, Rosemary
Nóvoa de Noronha, o ministro Fernando Pimentel volta aser acusado de ter
participado do esquema”.
Denúncia feita pelo
Ministério Público de Minas Gerais e aceita pela 2ª Vara Criminal de
Belo Horizonte, aponta Carone como “relações públicas” da quadrilha
comandada por Nilton Monteiro, atualmente preso suspeito de falsificação
de documentos. O papel de Carone no bando, que se fingia de jornalista,
seria o de difamar as vítimas e as autoridades encarregadas de apurar
seus crimes, como juízes, desembargadores, promotores e policiais.
No dia 02/10/2007, Carone
protocolizou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) por
formação de quadrilha contra os dois jornalistas e diversas autoridades,
entre elas políticos, juízes e membros do Ministério Público. No dia
seguinte (03/10) Carone publicou em seu site matéria sobre a denúncia
(veja aqui), omitindo que foi ele que quem fez a denúncia no STF. Carone dá a entender que a matéria tinha origem legítima.
Seguindo o modus operandi
de Carone em suas ações de difamação, veja o alguns dos trechos da
“reportagem” publicada no Novo Jornal:
“Escrúpulo e ética não existia para estas autoridades, tratadas na denúncia como quadrilha.
Faziam o que fosse preciso. A certeza da impunidade era tamanha que
negociavam entre si sentenças, pareceres e despachos que criavam uma
situação favorável à prática de um determinado crime.
Agora todos
foram denunciados por práticas de crime, perante ao Supremo, que deverá
encaminhar a denúncia para a procuradoria da República para que, a
mesma, ofereça denúncia ou não.
A grande maioria dos juristas consultados,
não acreditam na punição dos denunciados, devido ao auto corporativismo
existente no judiciário, porém, admitem que só a denúncia em si, já é
uma grande conquista, pois irá tirá-los do anonimato, desta forma,
impedindo que continuem atuando de maneira criminosa”.
Nesta “notícia” ele cita nominalmente as seguintes pessoas integrantes da “quadrilha” denunciada por ele ao STF: “procurador
Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais,
Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho
Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho,
os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e
João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho,
Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunis, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva”.
A denúncia foi rejeitada
em votação unânime pelo plenário do STF, em julgamento realizado no dia
12/06/2008, por não apresentar elementos que pudessem sustentar as
acusações feitas contra os jornalistas e as demais autoridades (veja a
decisão aqui).
No site do Carone, claro, nenhuma nota sobre a decisão do STF que inocentou suas vítimas.
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