Aécio: a frase é “sem medo de ser feliz”, não é “com medo deste infeliz”

 Autor: Fernando Brito
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Como a gente tem comentado aqui, a estratégia da oposição brasileira passou do “vamos conversar” para o “vamos te assustar”.
Diante do resultado melhor que o esperado de crescimento do Produto Interno Bruto, em lugar de apontar o que pode ser melhorado para que a economia avance, Aécio Neves preferiu, com os demais tucanos e demos, fazer o estilo “Zé do Caixão”.

Diz que a crise mundial – coisa pouca, só o maior desastre econômico dos últimos 80 anos – não tem nada a ver com nossas dificuldades e que o problema é a “queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica”
No que foi secundado por outros gênios da economia, como o senador José Agripino “Rabo de Palha” Maia, que disse que o resultado e 2013 “é o prenúncio de crescimento ainda menor para 2014″.
A turma da oposição, que torce pela seca, pela inflação, pelos black blocs e até por praga de gafanhoto, para ver se tem chance de ganhar a eleição não resiste a uma boa notícia.
Só na cabeça deles alguém está dizendo que as coisas estão uma maravilha e o Brasil não tem problemas. Um deles – e dos maiores – é a turma da “uruca” que fica dizendo que o país vai á bancarrota.
E está se vendo que não vai.
Outro problema grande, Aécio, é a ideia que a elite botou na cabeça de que este país está fadado ao fracasso e que precisamos de que o “mundo desenvolvido” venha nos salvar do atraso, claro que se entupindo de dinheiro por isso.
Será que a marquetagem do PSDB – os contratados agora e os que estão com o papagaio pendurado desde 2010 – não entendem que eleição não se ganha com discurso catastrofista?
Prestem atenção, meninos. Lula ganhou as eleições de 2002, quando as coisas estavam mal, de verdade, com um “sem medo de ser feliz”.
E quando ouve você só prevendo desgraça o pessoal se sente é  ”com medo desse infeliz”.
Vocês querem conquistar alguém além dos segmentos recalcados da classe média, que acham que o Brasil é uma m… e o brasileiro um povinho desprezível, que só gosta de samba e de futebol?
O problema, Aécio, é  que o pessoal do “empreguinho de dois salários-mínimos” que você despreza, por mais que esteja ressabiado com a tempestade de notícia ruim que vê na televisão,  vai ao mercado, compra, paga conta apertado, financia a casinha a perder de vista sabe que apertado, apertado, apertado, “tá dando para viver e para sonhar com a viagem, o estudo, a casa, o carrinho velho.
É por isso que as pesquisas mostram que o brasileiro quer mudanças, mas quer mudanças com quem ele sabe que a mudança é pra melhor e o caminho é para a frente.
E não com quem quer trazer de volta a durma do “desempreguinho de um salário de fome” que foi a obra do seu guru FHC.
Você perdeu a chance, Aécio, porque passado não é futuro.
Se você não sabe, eu conto para você de onde veio a ideia do “sem medo de ser feliz”.
É de uma música – Com a Perna no Mundo – do Gonzaguinha, que diz assim
Passado/É um pé no chão  e um sabiá. /Presente/ É a porta aberta./E futuro/ É o que virá.

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