Trensalão: a Cerra o que é de Cerra

O “Conde” Matarazzo é da mais nobre aristocracia tucana.

Saiu na capa da Folha (*):

“Documento da Alstom revela lista de subornos – propina por contrato de R$ 52 milhões inclui secretaria e estatal da gestão Covas”



Reportagem de Mario Cesar Carvalho e Flavio Ferreira mostra que a Alstom da França pagou em 1998 uma propina à Secretaria de Energia para aprovar um aditivo de R$ 52 numa obra do metrô.

(E os paulistanos pensam que a culpa do engarrafamento no trânsito é do Haddad.)

A Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato.

E quem era o Secretário de Energia em abril de 1998 ?

Andrea Matarazzo.

Matarazzo é o “Conde”, pág 404 do livro-bomba “Operação Banqueiro”, de Rubens Valente.

Ele aparece nos 1.800 e-mails do lobista de Daniel Dantas, Roberto Amaral, com o codinome “Conde”.

“TH” e “Pessoa” são o Presidente Fernando Henrique Cardoso, o Catão de Higienópolis, e “Niger” e “candidato” são o Padim Pade Cerra.

(A preciosa carga de material apreendido de Roberto Amaral faz parte do tesouro da Operação Satiagraha que o Presidente Barbosa está por legitimar.)

O “Conde” surge no contexto de edificantes pressões de Dantas sobre o Governo para administrar os fundos de pensão para continuar a mandar na Brasil Telecom – sem por um tusta.

O “Conde” foi Ministro da Comunicação Social do Governo do Príncipe da Privataria, nos bons tempos em que a Globo nadava de braçada …

Era BV pra lá, BV pra cá …

(Como hoje ainda, amigo navegante ?)

O Príncipe da Privataria nomeou o “Conde” embaixador do Brasil na Itália.

O “Conde” foi candidato a prefeito para esquentar o lugar até que o Padim Pade Cerra embrulhasse o PSDB e saísse candidato (e perder para o “poste”, o Haddad).

O “Conde” é da mais alta aristocracia tucana de São Paulo.

“Conde” dá atualidade à denúncia da Folha: não se trata de um longínquo episódio da pré-história tucana de São Paulo.

O “Conde” está aí, hoje, na Câmara dos Vereadores, depois de enobrecedora gestão numa das sub-prefeituras do vice do Cerra, o Kassab.

Por falar nisso, o vice do Cerra também anda em com falta de ar – puro.

Assim como, no trensalão, a Siemens chega mais perto dos dias que correm, sob as suspeitas do Procurador Geral, Janot.

Roda, roda, roda e a bola bate na trave do Cerra.

Agora, a bola entra mesmo no gol do Cerra com a Privataria Tucana, do Amaury Ribeiro Jr.

Ali, o clã Cerra, o Príncipe de Privataria e o Banqueiro da Operação se banham nas águas plácidas da impunidade !

Por falar em impunidade, clique aqui (aqui e aqui também) para ir à TV Afiada e assistir a vídeos sobre as férias do Gilmar Dantas (**).


Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

 

 

 

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