Para os EUA, Celac "traiu a democracia" com apoio a Cuba

 

Os Estados Unidos declararam, por meio de um comunicado do Departamento de Estado, que os participantes da 2ª Cúpula da Celac, realizada em Havana de 27 a 29 de janeiro, com sua declaração final, “traíram o compromisso da região aos princípios democráticos”. As declarações ingerencistas foram prontamente rebatidas pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro: “engulam sua declaração porque a América Latina seguirá seu caminho em paz” e pediu respeito ao continente.


O texto do departamento de Estado questiona o fato de os líderes presentes no evento não terem se encontrado com dissidentes cubanos. De acordo com o jornal El País, o departamento de Estado, no começo desta semana, pediu aos participantes da cúpula que se reunissem com a dissidência da sociedade civil. Pedido que foi ignorado pelos mandatários e chefes de Estado presentes — com a exceção da delegação da Costa Rica, encabeçada por seu embaixador na ilha, que visitou Elizardo Sánchez e pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, que se reuniu com Berta Soler.

O texto final da Celac, que incomodou os Estados Unidos, que, juntamente com o Canadá, foram os únicos países do continente americano fora da reunião, diz que a Celac “respeita plenamente o direito inalienável de todo Estado a eleger seu sistema político, econômico, social e cultural como condição essencial para garantir a convivência pacífica entre as nações”. Os presentes também condenaram, unanimemente, o bloqueio econômico a Cuba e a manutenção da ilha na lista de países promotores de terrorismo.

Para o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, “a cúpula da Celac foi um êxito total. É uma amargura estas declarações do Departamento de Estado, que de maneira insolente diz a todo o continente que somos traidores, que engulam sua declaração porque a América Latina seguirá seu rumo em paz”.

“Que se acostumem a respeitar e que busquem uma nova visão do nosso Continente (…) a história está derrotando os interesses do império estadunidense e a burguesia que se abraça a estes interesses”, retrucou o mandatário.

Maduro aproveitou a oportunidade para criticar a omissão dos meios de comunicação privados internacionais sobre a realização desta cúpula. “É um fato histórico que a América Latina e o Caribe depois de 170 anos divididos tenham conseguido se unir. Por que o encobrem? Porque os donos desses meios vão impondo a matriz de que o que é bom para nossos povos não existe”.

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações do El País e Aporrea