Mensagem de Dilma foi positiva e em sintonia com os investidores, afirma presidente do Bradesco


Empresários que estão em Davos, na Suíça, participando do Fórum Econômico Mundial, elogiaram o discurso da presidenta Dilma Rousseff no evento. O presidente do Bradesco, Luis Trabuco, disse que a presidenta enviou uma mensagem positiva, “olho no olho” e em sintonia com os investidores.
“Nós tivemos uma mensagem muito positiva da presidenta aqui em Davos. Ela reafirmou os princípios do governo dela, como metas de inflação, compromisso fiscal, compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura, foi uma mensagem muito positiva, foi uma mensagem olho no olho em que ela pôde estar em sintonia com os investidores aqui em Davos”, afirmou Trabuco.
O publicitário e presidente do Grupo ABC de Comunicação, Nizan Guanaes, disse que a presidenta Dilma tocou nos pontos essenciais que a plateia de Davos queria ouvir.
“A presidente Dilma tocou nos pontos essenciais que Davos queria ouvir (…) a presidenta ter vindo com uma comitiva robusta, a participação do Tombini hoje pela manhã (…) O Brasil é um país importante, um país relevante e isso tem direitos e tem deveres, e acho que é fundamental essa prática de falar com o mundo e ser ouvido por ele”.
Posted: 24 Jan 2014 05:24 AM PST

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (24), em Davos, na Suíça, a uma plateia de empresários que participam do Fórum Econômico Mundial, que o Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios e que o país sempre recebeu bem o investimento externo, adotando medidas para facilitar ainda mais essa relação.
“O Brasil é, hoje, uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores do Brasil e de todo o mundo. Sempre recebemos bem um investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade”.
Dilma afirmou que um novo Brasil, menos desigual, está sendo construído mantendo a solidez dos compromissos macroeconômicos, onde a estabilidade é valor central. Aos empresários, ela garantiu que o país não transige com a inflação, mantém sob controle as despesas, tem um dos menores endividamentos públicos do mundo e respeita os contratos, além de apresentar um ambiente estável e atrativo aos investimentos.
A presidenta avaliou que um novo ciclo de crescimento econômico mundial está em fase de gestação e à medida que a crise vai se dissipando, um olhar mais atento sobre os países emergentes ganhará fôlego. De acordo com a presidenta, com uma estratégia de longo prazo focada na promoção dos investimentos, na educação e no aumento da produtividade, o Brasil sairá ainda melhor desta crise internacional.
Dilma alertou que é apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas. Para Dilma, a saída definitiva dessa crise requer um enfoque que privilegie não apenas o curto prazo. Ela ressaltou ser natural que, em um ambiente de crise e contaminado pelos seus efeitos adversos, muitas avaliações acabem privilegiando só essa dimensão temporal.
“É apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas. Serão muito dinâmicas porque lá estão grandes oportunidades. Até porque os fluxos atuais de investimento e comércio e as elevadas taxas de emprego e o horizonte de oportunidades dessas economias apontam em outra direção, na direção – eu repito – das oportunidades”.
A presidenta disse que está determinada a promover um forte aumento do investimento em infraestrutura, educação e inovação. Ela explicou que aumentar a taxa de investimento em relação ao PIB é fundamental para sustentar o crescimento de longo prazo. Dilma citou exemplos de como o governo busca fomentar o investimento em parceria com a iniciativa privada, tais como a realização dos leilões de rodovias, das concessões de aeroportos, do novo marco regulatório para o sistema portuário e o leilão do Campo de Libra.
“Esse é o sentido do nosso programa de infraestrutura. E este sentido é enfrentarmos os gargalos gerados por décadas de subinvestimento, agravados pelo forte aumento, o forte crescimento da demanda nos últimos anos”.

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