Joaquim diz estar “se divertindo” com candidatura. Mas tá calminho agora…



paris

 Autor: Fernando Brito

Feliz, em Paris, se me perdoam o eco, o ministro Joaquim Barbosa disse que por lá todos queriam saber se ele era candidato e que isso estava fazendo com que ele se divertisse.
Voltou a negar que seja candidato, embora ninguém acredite muito quando ele diz isso…
Ao contrário do que acontece normalmente, Barbosa falou com gentileza com a imprensa e. desta vez, fez o que deveria ter feito antes: não emitiu opinião sobre o que os outros ministros deviam ou não deviam fazer durante suas férias.
Alguém deve ter tido a paciência de dizer ao Dr. Joaquim que uma autoridade de um país, no exterior, não critica – muito menos grosseiramente – outra autoridade de seu país.
A roupa suja, sabem como é…

Mas na palaestra que fez, sobre a influência das transmissões de TV no comportamento da Corte Suprema, o Dr. Joaquim talvez tenha tido um pequeno ato falho.
Ao dizer que “ a Corte se transformou por consequência em um dos principais atores do sistema político brasileiro e sua forte midiatização tem mais a ver com a importância desse papel político, econômico e social”, o Dr. Joaquim – claro que sem essa intenção – pode ter deixado se levar, na comparação, por uma distorção desta ideia, a de que seria possível, então, que o Supremo se prestasse a palco da uma “feira de vaidades” comum nestas representações.
“”Às vezes há discussões bem duras, ácidas, mas eu quero assegurá-los que esse tipo de caso se produz raramente e o desenrolar da Corte acontece em verdadeiro consenso, que resulta em decisões formuladas de forma relativamente curtas e coerentes”.
Se o Dr. Joaquim acha que os espetáculos que troca de grosserias que protagonizou são ” verdadeiro consenso” , quando a imprensa noticiou que alguns deles beiraram, já fora dos refletores, as vias de fato, tremo em imaginar o que seria um dissenso.
Segunda-feira o Dr. Joaquim toma o avião de volta para o Brasil.
Vamos ver se ele chega mais coerente com o que disse hoje, ou se era só efeito “la vie en rose” do ambiente parisiense.

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