Inflação medida pelo IPCA-15 sobe menos em janeiro e surpreende mercado
ESTABILIDADE DA ECONOMIA
Taxa mostrou avanço de 0,67%, após alta de 0,75% em dezembro de 2013. Resultado foi puxado pelos transportes, com recuo de 1,17% em dezembro para 0,43% em janeiro
por Portal Brasil
A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), subiu menos em janeiro, com avanço de 0,67%, após subir 0,75% em dezembro de 2013. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ficou abaixo das estimativas do mercado.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,63% em 12 meses até janeiro, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,85%). Em janeiro de 2013, a taxa havia ficado em 0,88%.
Responsável pelo recuo do IPCA 15 de um mês para o outro, o grupo Transporte passou de 1,17% em dezembro para 0,43% em janeiro, refletindo a queda de 16,32% nos preços das passagens aéreas que gerou o menor impacto individual para baixo, -0,10 ponto percentual.
A gasolina, por outro lado, deteve 0,11 ponto percentual, o mais forte impacto individual, já que o litro ficou 2,90% mais caro. Além da gasolina, destacaram no grupo, o etanol (4,34%) e o óleo diesel (3,52).
Os artigos de residência (de 0,57% em dezembro para 0,49% em janeiro) e vestuário (de 0,78% para 0,59%) também tiveram influência na redução do índice. Os menores resultados em janeiro, do mobiliário (de 1,07% para 0,49%) e dos eletrodomésticos (de 1,27% para 0,92%) contribuíram para a menor taxa dos artigos de residência.
Já o grupo Habitação apresentou taxas próximas, com 0,59% em dezembro e 0,58% em janeiro.
Alguns itens continuaram em alta, como o aluguel residencial (0,87%), condomínio (0,79%) e mão de obra para pequenos reparos (0,96%). Energia elétrica e gás de botijão, porém vieram com queda de 0,12% e 0,24%, respectivamente.
O maior resultado de grupo ficou com Despesas Pessoais (de 1,18% em dezembro para 1,31% em janeiro) com destaque para: excursão (9,45%), cigarro (3,62%), cabeleireiro (1,36%), manicure (1,15%) e empregado doméstico (1,02%). Os alimentos vieram a seguir, passando de 0,59% em dezembro para 0,96% em janeiro. As carnes com variação de 3,91% e impacto de 0,10 ponto percentual, o segundo maior impacto individual do mês, foi o destaque do grupo. Outros itens importantes no orçamento das famílias também apresentaram resultados elevados como a cenoura (16,30%), cebola (14,33%), frutas (4,34%), hortaliças(4,57%) arroz (1,49%), pão francês (1,04%), refeição fora (0,94%) e lanche fora (0,95%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro a 15 de janeiro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de novembro a 12 de dezembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.
A publicação completa do IPCA-15 pode ser acessada na página:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE
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