Brizola não é uma estátua. Brizola é um movimento que não vai parar senão quando o Brasil for livre
Autor: Fernando Brito
Hoje, Brizola faria 94 anos. Em junho, serão dez anos de sua morte.
Em Porto Alegre, inaugurou-se uma estátua do velho Briza.
Bonita homenagem, devida ao sucessor da linhagem de Getúlio e Jango que se pariu nas entranhas da terra e do povo.
Eu, que vivi metade de minha vida adulta ao seu lado, de 1982 ao seu último dia em 2004, prefiro lembrar do Brizola em movimento.
E de uma “maldade” que lhe fiz.
Brizola, quem conviveu com ele, era um homem austero.
Frequentemente, sovina.
Em 2001, comemoravam-se os 40 anos do movimento da Legalidade, que evitou a ruptura da democracia e adiou por três anos, quase, a implantação da ditadura de 64.
Eu resolvi fazer um vídeo sobre aquela página heroica da nossa história.
Brizola não quis gastar o dinheiro do PDT.
“Brito, a RBS (afiliada da Globo no RS) está fazendo um documentário – e estava mesmo, dirigido pelo talentosíssimo Beto Almeida, do belo Neto perde a sua Alma, com a maior cena épica do cinema brasileiro, a da Batalha do Seival, na Revolução Farroupilha – e você não vai conseguir fazer uma coisa nem perto da Globo”
Não sei se fiz, porque foram coisas diferentes: o filme de Beto com muitas reminiscências dos que viveram aqueles dias, num bom trabalho que tive o prazer de ajudar, até porque uma produtora do filme era uma querida amiga dos tempos de faculdade, emigrada para as plagas gaúchas.
Mas teimei e fiz.
Escolhi outro caminho, o de situar o fato e, depois, mergulhar dentro dele.
Não era recordação, era tudo ocorrendo, de novo.
E não poderia ter melhor recompensa pelo trabalho insano - que só foi possível com a ajuda de amigos, sobretudo os atores Paulo Cesar Peréio, um militante da Legalidade, e do brizolista incorrigível Antonio Pedro, que o narram – não tive orçamento para quase nada – que ver o meu (agora, mais velho, já posso chamá-lo assim) companheiro deixar escorrer dos olhos as aguadas de seu Rio Grande.
Como, na época, foi realizado para integrar o programa político do meu saudoso PDT e justamente no momento em que os EUA atacavam o indefeso Iraque, o que explico para que entendam o que foi acrescentado ao início e ao fim.
Tomo a liberdade, em homenagem a Brizola, com quem aprendi que nossa caminhada não há de parar senão quando este país for livre e seu povo feliz de pedir que assista os dois vídeos abaixo.
Depois deles, tal como eu me senti, acho que todos nos sentimos mais brasileiros.
Hoje, Brizola faria 94 anos. Em junho, serão dez anos de sua morte.
Em Porto Alegre, inaugurou-se uma estátua do velho Briza.
Bonita homenagem, devida ao sucessor da linhagem de Getúlio e Jango que se pariu nas entranhas da terra e do povo.
Eu, que vivi metade de minha vida adulta ao seu lado, de 1982 ao seu último dia em 2004, prefiro lembrar do Brizola em movimento.
E de uma “maldade” que lhe fiz.
Brizola, quem conviveu com ele, era um homem austero.
Frequentemente, sovina.
Em 2001, comemoravam-se os 40 anos do movimento da Legalidade, que evitou a ruptura da democracia e adiou por três anos, quase, a implantação da ditadura de 64.
Eu resolvi fazer um vídeo sobre aquela página heroica da nossa história.
Brizola não quis gastar o dinheiro do PDT.
“Brito, a RBS (afiliada da Globo no RS) está fazendo um documentário – e estava mesmo, dirigido pelo talentosíssimo Beto Almeida, do belo Neto perde a sua Alma, com a maior cena épica do cinema brasileiro, a da Batalha do Seival, na Revolução Farroupilha – e você não vai conseguir fazer uma coisa nem perto da Globo”
Não sei se fiz, porque foram coisas diferentes: o filme de Beto com muitas reminiscências dos que viveram aqueles dias, num bom trabalho que tive o prazer de ajudar, até porque uma produtora do filme era uma querida amiga dos tempos de faculdade, emigrada para as plagas gaúchas.
Mas teimei e fiz.
Escolhi outro caminho, o de situar o fato e, depois, mergulhar dentro dele.
Não era recordação, era tudo ocorrendo, de novo.
E não poderia ter melhor recompensa pelo trabalho insano - que só foi possível com a ajuda de amigos, sobretudo os atores Paulo Cesar Peréio, um militante da Legalidade, e do brizolista incorrigível Antonio Pedro, que o narram – não tive orçamento para quase nada – que ver o meu (agora, mais velho, já posso chamá-lo assim) companheiro deixar escorrer dos olhos as aguadas de seu Rio Grande.
Como, na época, foi realizado para integrar o programa político do meu saudoso PDT e justamente no momento em que os EUA atacavam o indefeso Iraque, o que explico para que entendam o que foi acrescentado ao início e ao fim.
Tomo a liberdade, em homenagem a Brizola, com quem aprendi que nossa caminhada não há de parar senão quando este país for livre e seu povo feliz de pedir que assista os dois vídeos abaixo.
Depois deles, tal como eu me senti, acho que todos nos sentimos mais brasileiros.
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