Agenda internacional para a semana de 6 a 12 de janeiro de 2014.

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Em meio à nova onda de repressão contra a Irmandade Muçulmana, recomeça no dia 8 o julgamento do ex-presidente Morsi no Egito, deposto por um golpe militar

Flávio Aguiar, com Marcelo Justo

Na terça-feira, dia 7, o Partido Comunista Cambojano comemora os 34 anos de sua vitória sobre os Khmer Vermelhos.


O governo alemão enfrenta sua primeira crise interna, opondo a CSU bávara e o SPD, além de setores menos conservadores da CDU. O primeiro-ministro bávaro Horst Seehofer declarou na semana passada que a Alemanha deve impedir a vinda de imigrantes pobres para o país, porque muitos deles vêm apenas se beneficiar do sistema de seguridade social alemão. Além de ser uma declaração genérica, seu alvo explícito no presente são os imigrantes romenos e búlgaros, cujo número tem aumentado. O Ministro de Relações Exteriores, Franz-Walter Steinmeier criticou a declaração, dizendo que ela contraria o espírito de livre-trânsito que deve caracterizar a União Europeia. A chanceler Angela Merkel está tentando por panos quentes na polêmica, cuja temperatura aumentou quando Seehofer retrucou atacando “a hipocrisia” do SPD. O confronto indica a insatisfação da CSU por se sentir enfraquecida dentro da nova coalizão. Além disto coloca a Alemanha no centro do debate que vem sendo estimulado pela extrema-direita e pela direita em vários países europeus sobre o tema.

Na quarta-feira, 8, voltam a ser liberadas manifestações no centro de Kiev, na Ucrânia. Estas, contra a relutância do governo em assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia, devem recomeçar talvez neste mesmo dia.

Também neste dia a Grécia assume a presidência da União Européia.

Na segunda-feira o chanceler chinês Wang Yi, como já é tradição desde 1991, começa sua “visita de Ano Novo” a países africanos: Etiópia, Djibuti, Gana e Senegal, desta vez.

Nesta terça-feira começa o julgamento de Suleiman Abu Gaith, genro de Osama Bin Laden, nos Estados Unidos, acusado de conspiração para matar cidadãos norte-americanos. Ele protesta inocência. O julgamento vai acontecer em Nova Iorque.

Na segunda-feira começa o festival gay de Nova Orleans, no sul dos Estados Unidos. Esperam-se centenas de milhares de participantes. O festival também se realiza em loutra scidades do estado da Luisiana.

Na sexta-feira, 10, fecha-se a lista de indicados para o Oscar de 2014. O filme “12 years a slave”, com direção de Steve McQueen, é o grande favorito. Baseado numa história real, o filme narra como um negro legalmente livre é reconduzido à escravidão no sul dos Estados Unidos.

Em meio à nova onda de repressão contra a Irmandade Muçulmana, recomeça no dia 8 o julgamento do ex-presidente Morsi no Egito, deposto por um golpe militar.

Também neste dia o gabinete tunisiano deve renunciar para permitir a formação de um novo governo reunindo o partido islâmico Ennadha e partidos laicos, na tentativa de por fim à crise política que paralisa o país.

Na Síria cresce a animosidade e mesmo os confrontos que opõem os rebeldes laicos ou liberais aos grupos da Al Qaeda, enquanto todos os lados dispostos, incluindo o governo de Bashar Al-Assad se preparam para decidir se iniciam conversações de paz em Genebra ainda em janeiro. Os rebeldes têm reclamado que as potências ocidentais não fazem suficiente pressão sobre o governo de Damasco, mas ao mesmo tempo vivem uma situação difícil com aqueles governos suspendendo ajudas devido à proeminência da Al Qaeda na região e na guerra civil, com auxílio da monarquia saudita.

No dia 8 a Comissão da ONU que vistoria a destruição das armas químicas do governo sírio se reúne para avaliar seus próprios trabalhos e a situação.

Nesta semana devem sair os resultados das eleições nacionais em Bangladesh. A oposição diz que vai continuar os protestos contra o governo, que deve vencer as eleições, ou pelo menos proclamar-se vencedor.



Créditos da foto: Arquivo

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