Promotoria aponta mesada a deputados do PSDB, diz jornal

João Caramez  




Segundo promotores do Gaeco, Carlos Bezerra Jr. e João Caramez recebiam dinheiro desviados de entidades de saúde
por Redação — publicado 10/12/2013 10:43, última modificação 10/12/2013 10:49

Os deputados estaduais Carlos Bezerra Jr. e João Caramez, ambos do PSDB, recebiam uma mesada desviada de recursos de saúde em oito cidades de três estados. É o que afirmam os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Núcleo Sorocaba em um trecho da denúncia da Operação Athenas, que investiga o esquema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A denúncia da Promotoria, que tem como alvo 61 empresários, médicos, administradores e servidores públicos, estima que ao menos 7,5 milhões de reais foram desviados por entidades contratadas para administrar hospitais.




Segundo o jornal, Bezerra e Caramez não estão entre os denunciados por causa do foro privilegiado, mas os dois parlamentares são mencionados na acusação contra o empresário Fábio Berti Carone, controlador, de acordo com os promotores, de duas entidades privadas de saúde que estão no centro da denúncia: o Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) e o Instituto SAS (ISAS).

"Cada um (Bezerra e Caramez) recebia, mensalmente, em torno de 5 mil reais do total desviado das unidades daquele município", assinala a promotoria, em relação à fraudes no Hospital Regional de Itapetininga (SP).



A denúncia também afirma que Carone pagou com os recursos desviados da saúde o jantar em comemoração ao aniversário de Camarez e que Bezerra Júnior, além de receber parte dos recursos desviados, encaminhava pessoas para serem contratadas pelo SAS/ISAS.

Os promotores afirmam que as entidades SAS e ISAS "se confundem e devem ser qualificadas como uma só organização criminosa". Os 61 apontados na denúncia são acusados de fraude em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

Comentários