Não, leitores, o Tijolaço não tem uma “boquinha” com a CIA
Autor: Fernando Brito
Muitos leitores estão escrevendo, indignados, porque em seus computadores, na página do Tijolaço, anúncios da Veja e do famigerado Instituto Milenium.
Explico: como este escriba aqui não tem outro emprego e não recebe – porque não a deram – publicidade de órgãos do Governo Federal e de outras empresas, temos de usar – como aliás a maioria dos sites usa, os anúncios do Google Adsense, que rendem um trocadinho, “inho” mesmo, ao blogueiro, que precisa, inclusive, batalhar por muitos frilas para sobreviver e cuidar de quem precisa ser cuidado.
O Adsense é quem escolhe os anúncios que vão aparecer, e acordo com o histórico de acessos se cada IP (internet protocol), uma espécie de assinatura eletrônica de cada máquina.
Por isso, para cada leitor pode aparecer um anúncio diferente.
E, quando não aparece para mim, ou não recebo o endereço detalhado (não o simples link do site) ao qual o anúncio recebe, nem mesmo bloqueá-lo eu posso. Aliás, a única opção para bloqueios genéricos é para sexo e pornografia.
Por isso, já que não posso fazer isso – a menos que me forneçam o link detalhado do anúncio, resolvi relaxar.
O leitor do Tijolaço tem capacidade e discernimento para saber quem é essa turma e, quando vai lá, vai para caçar as barbaridades que publicam e expô-las.
O Milenium pode fazer propaganda porque recebe subvenções, entre outros, do Estadão, da Abril, da Câmara de Comércio Americana, da Gerdau…
E eu, que não recebo senão uma “merrequinha” do que o Google vende a eles de publicidade, da qual eles repassam uns trocadinhos -de sua verba geral, não especificamente destes anúncios é que vou me crucificar?
Vou, em nome da sanidade ocular dos meus leitores e leitoras, buscar este endereço e tentar bloquear.
Mas advirto que outras barbaridades podem acontecer, por conta deste critério do Google, que não permite prever que anúncios aparecerão.
Espero, passar a receber colaboração via assinaturas e alguma publicidade em breve, para poder manter o blog, já que não tenho outra fonte de renda – aliás, até agora, fonte de despesa. Mas estou esperando o CNPJ e o restante da documentação de uma microempresa que tive de abrir para isso., que devem sair por agora.
Afinal, vem aí uma campanha na qual, apesar de não ganharmos quase nada – ou nada, às vezes – ainda somos acusados de estarmos a soldo do Governo. E, por isso, tudo deve estar certinho, escriturado, comprovável e à prova de intrigas.
E depois, um dos meus poucos orgulhos é ter passado por quase quarenta anos de política sem ter acumulado patrimônio que encha os olhos de ninguém. Aliás, nem os meus, porque só me serve para viver modestamente e cuidar de meu filho pequeno.
Poucos orgulhos, mesmo, exceto um: o de ter me exonerado de um cargo efetivo do Tribunal de Contas, onde certamente estaria ganhando uma bela grana. Tive de escolher entre ele e a campanha presidencial de Leonel Brizola, em 1989, e escolhi sem remorsos.
Então, conto a vocês uma piada da qual gosto muito: a de um português, muito trabalhador, que tinha uma pequena sapataria no subúrbio da Piedade, no Rio.
Trabalhava de segunda a sexta, desde o nascer do sol até fechar a loja, lá pelas nove da noite.
No sábado, quando abria “só” até as três da tarde, ia fazer o que gostava, mesmo, que era tomar uma cachacinha.
Mandava, então, o garoto que entregava sapatos levar uma caixa vazia até o botequim do “patrício” e trazer uma garrafa da “mardita” bem discretamente.
Às cinco, repetia a dose, mas dizia ao guri para não levar mais a caixa, bastava embrulhar e trazer, porque ele tinha o direito de tomar sua pinga.
Mas a garrafa caiu e qubrou e, já alto, o luso mandou que o garoto voltasse e pegasse logo duas garrafas.
- Mas, ó guri, tu não levas caixa, não embrulha e vens batendo uma garrafa na outra pela rua, que eu não devo um tostão a esta gente faladeira.
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