Mercenários dos EUA são enviados à Síria por países vizinhos

Foto divulgada em 2012 mostra que a Blackwater treina paramilitares e mercenários que combatem as tropas oficiais do Exército na Síria.

O portal libanês de notícias Lebanon Press publicou uma matéria, nesta quarta-feira (18), sobre o emprego da empresa militar privada estadunidense, Blackwater, pelo príncipe Bandar Bin Sultan, chefe da Inteligência Geral e secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional da Arábia Saudita, e pelo governo do Catar. O destino das tropas é o apoio aos grupos paramilitares que lutam na Síria contra o governo do presidente Bashar Al-Assad, em mais uma evidência da ingerência externa no conflito.

O Catar e a Arábia Saudita são atores diretos conhecidos no conflito armado que afunda a Síria na violência disseminada há quase três anos.


De acordo com o Lebanon Press, seus governos têm empregado mercenários estrangeiros, como os da Blackwater, para eliminar os comandantes do Exército árabe-sírio e para realizar operações terroristas no território libanês, na tentativa de enfraquecer o Movimento de Resistência Islâmica, o Hezbollah, que apoia as tropas oficiais sírias no combate aos grupos armados.

Além das tropas da Blackwater, a Arábia Saudita e o Catar estariam financiando e mobilizando também outros grupos compostos por soldados dos Exércitos dos EUA, do Reino Unido e de Israel para apoiar os paramilitares na Síria.

De acordo com a matéria, a empresa norte-americana tem desempenhado um papel secreto na piora da situação nos países árabes afetados pela crise síria, que já transbordou as suas fronteiras. Exemplos são o Egito, a Tunísia e a Líbia, com ações como o assassinato dos opositores ao regime destes países e do ataque a instalações do Exército e da polícia.

A eliminação do Hezbollah e a derrubada do governo sírio são considerados os principais objetivos da Arábia Saudita e do Catar na região, principalmente depois da suspensão de uma intervenção militar dos Estados Unidos contra a Síria, decisão que os sauditas criticaram pública e reiteradamente.

Além disso, o emprego da Blackwater no conflito não é novidade. Em 2012, várias denúncias já tinham sido feitas sobre o envolvimento dos mercenários estadunidenses no treinamento paramilitar, com campos montados na Turquia.

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho