Conheça oito fatos marcantes sobre integração regional na América Latina

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Mercosul, Unasul, Celac, Aliança do Pacífico: região é marcada por acordos e assimetrias.
Gabriela Néspoli, via Opera Mundi
Na quinta-feira, dia 28/11, Opera Mundi disponibilizou o quarto programa da série “Aula Pública”, que responderá a pergunta: “A prioridade diplomática à América Latina é benéfica para o Brasil?”. Antes disso, foi publicada uma lista de oito fatos relevantes sobre a integração latino-americana.
1. Mercosul – O Mercosul (Mercado Comum do Sul) foi o primeiro bloco de integração regional da América Latina do qual o Brasil faz parte. Sua origem remete ao Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento estabelecido entre Brasil e Argentina, em 1988, no contexto da redemocratização de ambos os países. Em 1991, a assinatura do Tratado de Assunção e a aderência de Paraguai e Uruguai efetivaram a criação do bloco

2. Alca – A atuação da diplomacia brasileira é tida como central para a paralisação do projeto da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), proposto em 1994 pelos Estados Unidos. Se fosse efetivado, o acordo criaria o maior bloco econômico do mundo, englobando as áreas do Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, na sigla em inglês) e do Mercosul, e eliminaria as barreiras comerciais entre todos os Estados membros.

3. Unasul – No governo Lula, foi criada a Comunidade Sul-Americana de Nações, que em 2008 passou a se chamar Unasul (União de Nações Sul-Americanas), composta por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O objetivo do órgão é reduzir as assimetrias entre os Estados da América Latina e do Caribe.
4. Desigualdade social – De fato, os países da região possuem disparidades econômicas e sociais relevantes, internamente e entre si. Apesar de ocupar o posto de sexta maior economia mundial, o Brasil ainda é o quarto país mais desigual da América Latina e do Caribe, segundo o índice Gini, medida internacional de concentração de renda. No estudo publicado no início de 2013 pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, a Venezuela desponta como o país mais igualitário em termos sociais.
5. Unila – Para acentuar a integração regional pela via do ensino superior e do intercâmbio científico, os Estados membros do Mercosul (Mercado Comum do Sul) inauguraram, em 2010, a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), em Foz do Iguaçu, como parte dos programas sociais estabelecidos pelo bloco.
6. Economia – A exportação de produtos brasileiros para países da América Latina e do Caribe quintuplicou ao longo dos últimos dez anos, passando de US$10,6 bilhões, em 2002, para US$50, 4 bilhões, em 2012.
7. Celac – A última instituição com caráter integracionista retificada pelo Brasil foi a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), constituída em 2011, já durante o governo Dilma. Composto pelos trinta e três países da América do Sul, América Central e Caribe, o bloco é o mais extenso da região. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a finalidade é conformar uma identidade própria regional entre os povos.
8. Aliança do Pacífico – Com um PIB de 35% do total latino-americano, a recém-criada Aliança do Pacífico se contrapõe ao Mercosul, por possuir um viés pró-mercado e ser favorável a uma maior aproximação com os Estados Unidos. Peru, Chile, Colômbia e México já aderiram ao bloco, que prega o livre comércio e a privatização de serviços.

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