Tudo que nós prometemos nos cinco pactos nós entregamos, afirma Dilma

Dilma destacou importância da manutenção das florestas durante cerimônia com participantes da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff comentou para o jornal El País, em entrevista divulgada nesta terça-feira (26), as manifestações que aconteceram no país em junho. Segundo ela, as manifestações pacíficas rejuvenescem um país. Ela lembrou que foi percebido um lado importante, de descontentamento com a qualidade dos serviços públicos.

“Ninguém estava nessas manifestações pedindo uma volta atrás, um retrocesso. O que se pedia era que houvesse um avanço. (…) Essas manifestações eram fruto de dois processos: um processo de democratização e também os processos de inclusão social e de crescimento do salário, do emprego, de crescimento das políticas sociais, que levaram para a classe média milhões de pessoas. Essas pessoas que saíram da miséria tinham reivindicações relacionadas à questão da saúde, da educação, da mobilidade urbana”, disse.


A presidenta ainda lembrou que as manifestações criaram as condições para os cinco pactos propostos por ela em favor do Brasil.

“No caso da saúde, nós fizemos o programa Mais Médicos. Tudo que nós prometemos nos cinco pactos nós entregamos. Prometemos uma melhoria considerável na questão da saúde pública, e não só investimentos em postos de saúde, unidades de pronto-atendimento e hospitais, mas na questão dos médicos”, explicou.

Dilma também citou o pacto pela mobilidade urbana, que resultou em um investimento de R$ 143 bilhões em transporte coletivo urbano: metrô, VLT, BRT e corredor exclusivo de ônibus. Ela destacou que é a primeira vez que um governo federal faz esse volume de investimento. No pacto pela educação, foi aprovada a destinação dos royalties e o fundo social do pré-sal para a área.

“E o pacto pela reforma política que nós enviamos para o Congresso e que eu acho que é fundamental, que implica uma reforma eleitoral que trate de tudo – de financiamento de campanha, mas também, em decorrência disso, uma melhoria sistemática na questão ética que é a da corrupção. Agora, a condição para esses pactos é a estabilidade fiscal”, afirmou.

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