O Site do Leonardo Attuch é 247 ou 171 ?

JOGARAM A PRESIDENTA
NOS BRAÇOS DO DANTAS

Isso deve ter sido coisa do Dr Kalil, do Mercadante ou do Palocci
Dizem que a Presidenta Dilma Rousseff deu uma entrevista EXCLUSIVA a um dos “braços” do Daniel Dantas: é um site na internet que se esconde com a identificação “247”.

O editor responsável, Leonardo Attuch, foi ou é funcionário de Dantas.

O site se especializa em reproduzir textos não autorizados e, como Dantas, dissimula a origem das informações que publica.

É a versão “esquerdista” de Dantas.

Ele deu para publicar textos de esquerdistas, trabalhistas, nessa nova versão pink de Dantas.

(Dantas já teve uma publicação, “No Mínimo”, onde pagava salários incompatíveis com o mercado brasileira: era a publicação mais cara das Américas.)

(Parece que Dantas tem a mania de controlar a imprensa.)


(A ponto de, num interrogatório na PF, o delegado Protógenes sugerir que, quando saísse da cadeia, deixasse de ser banqueiro para ser dono de jornal.)

(De certa forma, ele conseguiu realizar o sonho de Protógenes – Dantas conta com 100% de blindagem no PiG (*) e em outros falsos retratos do Brasil.)

Alguém no Palácio do Planalto – ou ali perto – convenceu a Presidenta dar essa suposta entrevista.

O que comprova que a Presidenta entende tanto de “imprensa” quanto o ansioso blogueiro de Taxa Interna de Retorno.

O editor do Conversa Afiada Murilo Silva reuniu um material sobre essas personalidades que engrandecem o jornalismo brasileiro: Dantas e seu “jornalista”.

Em tempo: o ansioso blogueiro já tentou diversas vezes entrevistar a Presidenta. Não conseguiu. Provavelmente porque não tem as credenciais do Attuch. Talvez, se tivesse o apoio do Dr Kalil, do Ministro Mercadante ou do ex-Ministro Palocci isso teria sido possível. Nesse caso, porém o ansioso blogueiro prefere não fazer a entrevista que jamais faria.

Em tempo2: de resto, a entrevista ao “braço do Dantas” resultou inútil. Não teve e menor repercussão. É daquelas entrevistas que beneficiam o entrevistador – em prejuízo do entrevistado e do leitor/espectador, que não leva nada para casa.

Ao que apurou o Murilo sobre o “jornalista” que mereceu uma exclusiva da PRESIDENTA DA REPÚBLICA – viva o Brasil !:


Leonardo Attuch foi o homem de Daniel Dantas na mídia durante os momentos conturbados da vida do banqueiro, na “maior disputa comercial da história do capitalismo brasileiro” e pouco antes das duas prisões no âmbito da Operação Satiagraha (que o presidente Barbosa, breve, legitimará).

Trata-se da disputa acionária pelo controle da Brasil Telecom, que se consumou na fusão da Brasil Telecom a Oi, a BrOi, uma patranha – com o dinheiro do FAT, sob a guarda do BNDES e que rendeu US$ 2 bilhões a Dantas.   

Em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, na Operação Chacal, Attuch aparece com o megainvestidor Naji Nahas – encarcerado com Dantas na Satiagraha – , que, então, costurava um acordo entre Daniel Dantas e a Telecom Itália.

Na conversa, Attuch aconselha Naji a processar jornalistas – a quem chama de f… da p … – que “incomodavam” o grupo, entre eles Mino Carta e Paulo Henrique Amorim.

Segue a conversa em áudio e texto:



Attuch liga:

Naji: Alô.

Attuch: Naji? É o Leonardo (Attuch), dá para falar um pouquinho?

Naji: Dá.

Attuch: Só pra te falar, você tá vendo essas notícias lá da Itália?

Naji: É loucura o Daniel me colocar nesse negócio porra, não são eles que estão lá na Itália? Ele e o Diglesias (?) e tal fazendo essa campanha?

Attuch: Não, não. Não é o Daniel, não. Isso é coisa de Paolo Dal Pino (Presidente da Telecom Itália no Brasil), aquela turma lá. (…)

Naji: 
Ahn.

Attuch: O que tá acontecendo é o seguinte: a mídia não tem como voltar atrás e admitir que errou nessa coisa de Telecom Itália e àquela coisa toda.

Naji: Mas tão dizendo que eu corrompi a Comissão de Ciência (Ciência e Tecnologia da Câmara – em pró da BrT)…  Eu nunca corrompi ninguém rapaz.

Attuch: É loucura, eu acho que… (interrompido)

Naji: Esse Mino Carta, eu vou mandar processar ele já, hoje.

Attuch: Você deveria fazer isso, deveria fazer isso com urgência. Pelo seguinte, esses caras querem fazer a bomba cair no teu colo, e não tem nada a ver.  

Quem corrompeu foi a turma do Carmelo (Carmelo Furci, vice-presidente da Telecom Itália para AL), que fez o trabalho sujo, que você sabe muito bem como funcionava a coisa ali.

Então, honestamente, eles que contrataram o Demarco, o Paulo (inaudível), esse pessoal todo. Agora, eu acho que você deveria se mexer aí.

Naji: O que você quer se eles dizem que eu corrompi, eles tem que provar que eu corrompi, porra.

Attuch: Pois é, mas como toda essa turma… A Veja tá comprometida nessa história, a Folha tá comprometida. Inclusive, hoje, a Elvira Lobato lá da Folha, ligou para o Opportunity, ligou lá para o Daniel querendo… Não sei, se ela queria falar com ele.

Naji: Ela ligou e ele não atendeu.

Attuch: Isso, ele não atendeu. Mas ela veio com uma conversinha mole, de querer entender o que está acontecendo. Quer dizer, qualquer pessoa com dois neurônios entende que se (inaudível) foi preso, é porque, porra, veio pra cá e montou a Operação Chacal.  

Naji: Sei.

Attuch: Agora, acho que a própria Folha quer entrar nesse conto da carochinha…

Naji: É, mas o que que tem a ver? Eu sempre trabalhei para fazer o acordo entre os dois.

Attuch: Eu sei, eu sei. Mas como eles não podem dizer que a Operação Chacal foi comprada, porque deixaria toda a imprensa mal na história, eles vão tentar destorcer e colocar no seu colo, entendeu?

Naji: Por no meu colo é o que eles tentam, mas eles vão ver o que vai acontecer.

Attuch: Pois é, mas você tem que fazer isso rápido.

Naji: Mas o que você quer que eu faça?

Attuch: Não, eu acho que você tem que começar a se mexer com essa turma de Mino Carta, de Paulo Henrique Amorim, esse bando de filho da puta (…)

Naji: Vou processar, vou processar todos! É a única coisa que eu posso fazer…

Attuch: Pois é… Porque realmente o negócio está esquisito. Você andou conversando por lá? Chegou a ver essas coisas?

Naji: Não, não hoje que eu falei com ele. Ele tá achando um absurdo esse negócio. Mas tudo bem, vamo lá.

Attuch: Esse negócio é uma loucura. Eu vou levantar informação desse negócio e eu te mando.

Naji: Tá, me manda.

Fim da ligação.


Contudo, o papel de Attuch nessa história antecede as negociações de paz entre Telecom Itália e Daniel Dantas.

Trechos do inquérito da Operação Chacal, realizada em 2004, comprovam que as relações entre Attuch e o grupo de Daniel Dantas eram próximas, e que o jornalista (?) se prestou a ser  instrumento do grupo na disputa comercial bilionária que se travava.  

A Chacal investigou como a “quadrilha” de Daniel Dantas (assim qualificada pela Polícia Federal) promovia espionagem industrial contra seus sócios: a Telecom Itália e Fundos de Pensão.

O grupo de Dantas monitorou inclusive autoridades do Governo Federal, destacadamente, o ministro Luiz Gushiken.
(Clique aqui para ler “Pizzolato, devagar com o andor”.)

Numa dessas tentativas de grampear Gushiken, Dantas grampeou Paulo Henrique Amorim, sua ex-mulher e sua filha.

Para isso, o Grupo de Danats contou com os serviços da Kroll Associates, contratada da Brasil Telecom – operadora de telefonia, então, administrada pelo Grupo Opportunity, de Daniel Dantas – e, não, pelo Dantas pessoalmente.

Ou seja, os sócios – fundos de pensão e Citibank – pagavam a Kroll  para trabalhar para Dantas.

Veja abaixo como o espião português da Kroll, Thiago Verdial, explica à mãe como usava Attuch para publicar matérias de interesse da organização na revista Isto É Dinheiro.


O trecho foi extraído do inquérito da Operação Chacal (2004).






As relações entre o “jornalista” Leonardo Attuch e a cúpula da Brasil Telecom, então sob a batuta de Daniel Dantas, eram tão próximas que motivaram a CEO da companhia, Carla Cicco – indiciada pela Polícia Federal na Operação Chacal e condenada na CVM – a indicar os serviços do “jornalista” à Kroll Associates.

Multinacional americana da “área de inteligência”, a Kroll sofreu uma devassa total na ocasião, feita pela Polícia Federal. Computadores foram apreendidos e funcionários da companhia presos (2004).


Tradução: ”Como eu lhe disse durante a nossa teleconferência de hoje, durante a sua estadia no Rio, você deve atender a uma jornalista. Seu nome é Leonardo Attuch, e seu número de contato é (+55-11-36184289 e celular. +55-11-8224-4402). Eu acho que seria melhor se você chamá-lo diretamente para confirmar a reunião na sexta-feira, no Rio (ele em de São Paulo, mas ele vai para o Rio) e para encontrá-lo para fora do lado Brasil Telecom Office. Eu acho que você vai entender porquê. Durante nossa reunião na manhã de sexta-feira eu vou lhe dizer o que e quanto a dizer!

Obrigado, até breve.”

O e-mail lcgcfc era de Carla Cicco, presidente da Brasil Telecom, segundo a PF.

Charles Carr era o chefão da Kroll na Itália.

Em maio, ele responde enviando uma espécie de currículo de Attuch (resume), que , como se percebe, é um dos repórteres “investigativos” em atividade no Brasil:









Em tempo: 
Daniel Dantas e Naji Nahas ilustram a Galeria de Honra Daniel Dantas, ou “diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”. Clique aqui para ler a aba “Não me calarão”.

Em tempo2: 
o que tem dentro do inquérito 2474 ? 

Em tempo3: 
como diz o Mino Carta, no Brasil, os jornalistas são piores que os patrões.


Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – oPiG, Partido da Imprensa Golpista.

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