Dilma lança P-58 e visita “fábrica” de plataformas para o pré-sal

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Agora de manhã, além de presidir a cerimônia de conclusão do navio-plataforma P-58 – feito, como a maioria do seu tipo, a partir de um antigo casco de superpetroleiro, o  Welsch Venture, Dilma Rousseff visitará uma das mais importantes iniciativas que o pré-sal está permitindo à indústria naval brasileira: uma fábrica de navios-plataforma de petróleo gigantes, conhecida como Projeto Replicantes.
Os replicantes serão oito navios do tipo FPSO – que recebem, processam, armazenam e transferem para petroleiros a produção de diversos poços de petróleo interligados – construídos em série. Como são montados com peças idênticas, um ao lado do outro, num imenso dique seco na cidade gaúcha de Rio Grande, a velocidade de construção é maior e o custo cerca de 25% menor que uma obra naval equivalente feita pelos métodos convencionais.

Além disso, por não se tratar de uma estrutura adaptada – única, portanto – a economia de projeto e execução – e, futuramente, de manutenção – atinge também as instalações dos equipamentos de convés. Na foto acima, você vê o primeiro dos replicantes, a P-66, já com suas formas bem definidas e, ao lado, o início da montagem da P-67.Esta, e apenas esta, terá algumas partes vindas da China, para acelerar o processo de fabricação. Ou outros seis replicantes, cada um deles medindo 288 metros de comprimento, serão inteiramente montados no Brasil, até 2018.
As P-66 e 67 vão para o campo de Lula, produzindo a partir de 2016, cada uma, 150 mil barris de petróleo por dia.
Já os 330 metros de comprimento do casco da P-58, a partir da semana que vem, começam a receber  as estruturas adicionais de processamento de óleo, fabricadas em Niterói (RJ) e transportadas para o Rio Grande do Sul por balsas. Quem passar pela ponte Rio-Niterói e observar, logo após a Ilha de Mocanguê, dia e noite, guindastes imensos movimentando torres de tanques e tubos cinza e amarelos, fique sabendo que daqui a alguns meses por ali vão estar passando por ali  petróleo e gás do pós e do pré-sal do campo de Parque das Baleias, na porção capixaba de Bacia de Campos.
Portanto, quem não perceber que, daqui a pouco, o que vai acontecer não é uma simples solenidade de visita a obras não está entendendo o quanto isso significa de progresso e afirmação para a indústria, a engenharia, o emprego e a economia de um Brasil que, até pouco tempo, comprava no exterior todos os equipamentos de produção de petróleo.
Sob os aplausos, aliás, dos que diziam que “lá fora é mais barato”, esquecendo que o mais barato é o que fica em casa, dando trabalho a seu povo e riqueza ao seu país.
Por: Fernando Brito

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