TSE diz que partido de Marina não obteve apoio para ser criado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou nesta segunda-feira (30) a checagem das assinaturas de apoio recolhidas pela Rede Sustentabilidade - partido criado pela da ex-senadora Marina Silva para concorrer às eleições presidenciais do próximo ano. O TSE confirmou que a legenda não conseguiu obter o mínimo exigido pela lei.


Até a próxima quinta-feira (3), o tribunal decidirá se aprova ou não a Rede. O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, disse que faltaram cerca de 50 mil nomes para atingir o mínimo de 492 mil apoios. Aragão dará nesta terça (1º/10) parecer que serve de apoio à decisão dos sete ministros do TSE. 

A Rede Sustentabilidade havia afirmado ter entregue 462 mil assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais do país, 30 mil a menos do que o mínimo necessário.

Por não ter reunido o apoio exigido em lei, a sigla pede ao TSE que, em decisão inédita, aceite como válidas outras 95 mil assinaturas que foram checadas e rejeitadas pelos cartórios, mas sem a divulgação do motivo.

Ministros do tribunal ouvidos reservadamente pela Folha de S.Paulo afirmam que o voto da relatora, ministra Laurita Vaz, será decisivo para definir se a Rede será criada ou não. Laurita remeteu nesta segunda (30) o processo para que o Ministério Público apresentar seu parecer.

Na semana passada, o TSE aprovou a criação de dois partidos políticos, o Pros (Partido Republicano da Ordem Social) e o Solidariedade, mas essas duas siglas conseguiram recolher mais de 492 mil assinaturas válidas no país.

Caso a Rede não seja criada, há a opção de Marina se filiar a uma outra legenda para concorrer ao Planalto. A proximidade de Marina (ex-PT e ex-PV) com setores mais atrasados da política nacional indicam a possibilidade dela se filiar a alguma legenda da direira brasileira para fazer uma dobradinha com o representante do projeto neoliberal no país, o tucano Aécio Neves.

Informações da Folha de S.Paulo

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