Republicanos propõem novo acordo a Barack Obama

Nova proposta inclui o fim da paralisação do Governo, também por um período limitado, e depende de cortes no financiamento de programas de apoio social do Estado.
Os senadores republicanos reuniram-se nesta sexta-feira com Barack Obama KEVIN LAMARQUE/REUTERS

Depois de terem proposto à Casa Branca um aumento temporário da capacidade de endividamento do país, os membros do Partido Republicano na Câmara dos Representantes anunciaram nesta sexta-feira que admitem pôr fim à paralisação parcial do Governo norte-americano, mas continuam a exigir contrapartidas por parte de Barack Obama.

Na quinta-feira, os republicanos cederam um pouco na sua posição iniciale disseram ao Presidente dos EUA que estão dispostos a aprovar o aumento do limite da dívida, sem contrapartidas, mas apenas por algumas semanas. Se fosse aceite pela Casa Branca, esta proposta adiaria o risco de entrada em incumprimento dos EUA, que deixam de poder garantir o pagamento das suas dívidas a partir da próxima quinta-feira.
Mas a primeira versão desta proposta não apresentava qualquer alternativa para desbloquear outro problema: a paralisação dos serviços não-essenciais do Governo norte-americano, algo que Obama já estabeleceu como condição essencial para negociar com o Partido Republicano.
Depois de um dia sem respostas da Casa Branca, o speaker da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, admite agora aprovar também o orçamento para desbloquear as verbas necessárias para o regresso do Governo à sua actividade normal. Só que, neste caso, o Partido Republicano não abdica de obter em troca algumas contrapartidas de Obama, nomeadamente cortes no financiamento de programas de apoio social do Estado.
Apesar do intenso diálogo das últimas horas, que gerou efeitos positivos nos mercados financeiros, um acordo ainda parece estar longe – o Partido Republicano não está disposto a aprovar o fim da paralisação do Governo e o aumento do limite da dívida sem condições prévias e a Casa Branca exige a aprovação de ambos os documentos (de preferência a longo prazo) para depois encetar negociações.
Depois das reuniões que manteve com os membros da Câmara dos Representantes de ambos os partido, o Presidente dos EUA reuniu-se nesta sexta-feira com os senadores do Partido Republicano, na Casa Branca. À saída, o senador Dan Coats, do estado do Indiana, disse que as conversações foram "construtivas", mas confirmou que "não houve nenhuma decisão".

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